Internacionalização, excelência e pessoas: a bagagem do programa Erasmus + na relação da ESEV com a Europa

Com o aumento da curiosidade por parte dos alunos relativamente ao programa Erasmus+, entrevistámos Véronique Delplancq, professora de Francês na Escola Superior de Educação de Viseu, responsável por parte da organização do programa, esclarecendo algumas dúvidas base, nomeadamente o acesso e as candidaturas ao programa, o processo de seleção e obtenção de bolsa, e ainda alguns toques particulares das experiências vividas pelos alunos.

Por: Ana Baptista, Bianca Teixeira, Iara Pires, Leonor Gouveia (alunas do 1º ano de Comunicação Social)

Qual é a função que desempenha na organização do programa Erasmus+?

O Erasmus+ é uma programa europeu. Eu sou a coordenadora académica dos programas de mobilidade e responsável pelo gabinete de cooperação interinstitucional da ESEV.

O que é que a levou à coordenação do programa?

Eu não escolhi este cargo, fui nomeada em janeiro de 2000. Foi numa altura em que ainda não havia uma equipa, trabalhei com a Sónia Silva, que era a funcionária do Serviços Centrais, com o cargo da internacionalização. Quando não existia rigorosamente nada na instituição criámos tudo de raiz, desde regulamentos, regras, procedimentos, encontrar parceiros e tudo o que envolve a possibilidade do programa.

Porque é que achou interessante haver este tipo de programa na ESEV?

O programa existe em qualquer instituição de ensino superior europeia, acho interessante aqui em Viseu, à semelhança de outras cidades universitárias, pois promove a internacionalização, redes de excelência, a mobilidade, relações entre pessoas, mais experiências para os nossos estudantes e também paras os nossos docentes e não docentes. É um programa aberto aos docentes e não docentes, não só aos estudantes.

Considero muito importante guardar as relações que se estabelecem ao longo do programa para desenvolver outros trabalhos e outros projetos futuros.

Neste ano letivo, quais são os possíveis destinos para os alunos?

Depende dos cursos e do tipo de mobilidade. Os alunos têm possibilidade de fazerem mobilidade um semestre do ano para estudos ou recorrer a dois ou três meses de estágios.

Quando falamos de mobilidade de estudos temos de escolher os parceiros que cada curso tem. No caso de estágio, os alunos podem escolher um local de acolhimento ou uma entidade para realizar o seu estágio na base do parecer positivo do seu coordenador de curso.

Considera que há alguma desvantagem relevante para o desenvolvimento dos alunos que participem no programa?

Não. Só vejo pontos positivos tal como vantagens. Há dificuldades sim, mas a capacidade de ultrapassá-las permite mostrar a tenacidade do estudante, a sua vontade de se integrar em novas realidades e culturas, desenvolver a língua. Reconheço que haja algumas dificuldades, mas desvantagens não.

Normalmente essa integração é fácil ou os alunos tendem a ter muita dificuldade?

Depende dos alunos, há uns que custa mais, outros que encaram de maneira mais leve e com mais vontade de continuar por mais tempo. Houve uma colega, também de Comunicação Social, que pediu para poder ficar na Turquia durante o segundo semestre. As experiências únicas que ela tem vindo a viver, devido ao Erasmus, permitiu-lhe uma boa integração e motivação. Poucos são os alunos que pedem para voltar algumas semanas depois por falta de compatibilidade.

Como funciona o processo de seleção dos alunos que vão para Erasmus+?

O processo de seleção que nós fazemos é com critérios apertados e a partir da distribuição financeira das bolsas. A disponibilidade de vagas na instituição de acolhimento e a condição financeira afetam, de igual forma, esta seleção.

Para finalizar, consegue explicar como é que os alunos podem aceder a mais informações sobre o programa Erasmus+?

Connosco, são sempre bem-vindos e bem-vindas a qualquer momento do ano. Evidentemente, quando estivermos mais perto do prazo de candidatura, vamos divulgar também na página da ESEV, vamos fazer uma reunião online e enviamos um email pessoal a todos os alunos para participar na reunião e poder esclarecer todas as dúvidas.

Podem sempre passar no gabinete, junto da assistente técnica Filomena Fernandes, que também estará sempre disposta a ajudar na plataforma, eventualmente preencher algum documento necessário e tirar dúvidas.

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