Os “pobrezinhos” não vivem apenas no Natal

“No Natal aparecem os corações todos bons e vamos lá ajudar os pobrezinhos”. As palavras fortes são de Manuela Alberto, responsável da Cáritas Diocesana de Viseu, que utiliza a palavra “pobrezinhos” de forma a criticar e ironizar os estereótipos que a sociedade impõe a estas pessoas.  

Por: Maria Tavares, Rafaela Campos e Mariana Ferreira (alunas 2º ano de Comunicação Social)

O Natal é a época que mais associamos à solidariedade por ser tempo de magia, família, amor e compaixão, no entanto, será que as pessoas estão mais preocupadas com o próximo do que consigo mesmas?  

O concelho de Viseu tem várias instituições que tentam fazer face aos problemas de carência dos indivíduos e das suas famílias, tal como, a Cáritas Diocesana de Viseu, a Cruz Vermelha e o Banco Alimentar e, todas elas têm diferentes missões.  

Nesta reportagem áudio, desenvolvida para a unidade curricular de Atelier de Rádio, da licenciatura em Comunicação Social, convidamo-lo a entrar connosco na rotina da Cruz Vermelha de Viseu.

Quando se entra na Cruz Vermelha de Viseu é possível encontrar um grande edifício, com várias salas, capazes de dar conta das dificuldades sentidas pela população, desde roupa a brinquedos, objetos e comida. 

A fachada do edifício está danificada, mas é percetível o nome “Cruz Vermelha”, instituição que é casa para tantos. 

Na sala da roupa, dividida por género e idade, encontra-se uma moldura com uma boneca de cabelo amarelo, que “sorri” para cada criança necessitada, na sala dos brinquedos encontram-se os mais variados itens, desde carrinhos de bebé a bonecas e na sala da comida encontram-se cabazes prontos e prateleiras vazias. 

No Banco Alimentar ouve-se a algazarra de um dia de distribuição, carros e empilhadoras de um lado para o outro e tapetes rolantes cheios, do início ao fim, de pessoas que não têm mãos a medir. Na parede fica a recordação de quem por lá passa e ajuda a instituição de alguma forma, para que nunca seja esquecido. 

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