População viseense contra os testes pagos à Covid-19

Desde o dia 1 de maio, que os testes gratuitos relativos ao coronavírus, realizados em farmácias, deixaram de ser comparticipados. O alívio das restrições levou o Governo a tomar esta medida, contra a opinião de alguns portugueses.

Por Cristiana Domingues, Raquel Melo e Verónica Oliveira

No concelho de Viseu, grande parte dos residentes discorda desta situação, por dificultar o controlo à pandemia, como testemunhou Joana Pereira: “acho que deviam continuar a ser gratuitos porque são um direito das pessoas e o facto de serem pagos vai diminuir muito a testagem e vão ficar contagiadas sem saber”.

Alguns habitantes mencionaram o fator económico como uma das causas da diminuição das testagens. “Tem sempre implicações do ponto de vista do título da pessoa quando tem de comprar as coisas”, afirma Mário Oliveira, que reforçou ainda a importância das pessoas se continuarem a testar individualmente. “É lógico que vou continuar a testar-me porque estamos a falar de uma situação de saúde pública e está em causa também a minha saúde“, referiu o entrevistado.

Nem todos os países facultaram o acesso gratuito de testes à população. No caso de Adosinda Marques, emigrante portuguesa na Alemanha, todos os testes que realizou foram pagos por ela: “tinha sempre testes em casa e testava-me duas vezes por dia no trabalho porque na Alemanha eles não eram gratuitos”.

Mesmo com o final dos testes gratuitos a nível nacional, a população de Viseu continua a preocupar-se com a Covid-19 e com o aumento significativo do número de casos nesta região.

a