BES volta a ser alvo de investigação

No passado dia 28 de Setembro, realizou-se um conjunto de buscas no âmbito do caso BES. A tarde de quarta-feira foi marcada por investigações pelos crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, fraude fiscal, branqueamento e abuso de confiança, nas localidades do Porto, Lisboa e Torres Vedras.
Esta investigação reuniu cerca de onze suspeitos, entre os quais o ex-presidente executivo do BES, Ricardo Salgado, e Amílcar Morais Pires que não sendo da família Espirito Santo era tido como o braço direito do ex-presidente, entre outros colaboradores da Unidade BES.
Recorde-se que a família Espirito Santo era a principal acionista do grupo BES e com a crise global de 2008, a banca europeia lançou regras mais exigentes que implicavam vários aumentos de capital para aumentar a estabilidade financeira. Ligado ao universo GES, Ricardo Salgado gastou grandes quantias de dinheiro no BES com o intuito de salvaguardar a posição de principal acionista, escondendo o real estado do grupo. As dívidas acarretam juros que foram encobertos e o dinheiro começou a ter destinos que levou ao colapso do BES.
É na sequência destes crimes que a investigação prosseguirá nas mãos de uma unidade especial da PJ, PSP, Banco de Portugal, bem como equipas de magistrados como é o caso do juiz Carlos Alexandre que se dirigiu aos locais onde decorreram as investigações.

Texto: Filipa Ferreira

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