Investigação: do “IPV para o mundo e o mundo para o IPV”
No passado dia 21 de novembro, realizou-se, no Instituto Politécnico de Viseu, um encontro para celebrar a ciência e o trabalho desenvolvido em prol das comunidades, denominado de “Café Ciência”. Foram dados a conhecer os quatro centros de investigação do Instituto Politécnico de Viseu, representados pelos seus respetivos coordenadores.
Por: Beatriz Ferreira, Carolina Marques, Diogo Sousa, Érica Rebelo, Francisca Bernardes, Inês Lopes, Raquel Pereira, Rui Sousa
José Luís Abrantes, coordenador do Centro de Investigação em Serviços Digitais; Antonino Pereira, coordenador do Centro de Estudos em Educação e Inovação (CI&DEI); Manuela Maria Ferreira, coordenadora da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem; e Raquel Guiné, coordenadora da Unidade do IPV que compõe o CERNAS – Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade.
José Luís Abrantes afirma que o Centro de Investigação em Serviços Digitais conta com mais de 50 investigadores, de áreas como informática, mecânica, turismo, matemática, gestão, entre outros, e procura explorar novos caminhos no digital, sendo o digital o fio condutor para a multidisciplinariedade. Mostra também que um dos principais desafios é fazer com que os ciclos de doutoramento percam o seu carácter exclusivamente académico e sejam, de uma vez por todas, realizados inteiramente em contexto empresarial e industrial.
No Centro de Estudos em Educação e Inovação, que alberga investigadores dos politécnicos de Viseu, Guarda, Leiria, Coimbra e Viana do Castelo, num total de 105 membros, este tipo de “redes é cada vez mais necessário para uma perspetiva multidisciplinar”, o que permite ganhar mais escala até na apresentação de candidaturas a projetos de nível internacional. Tem como objetivo promover a formação de projetos internos, mas conta com alguns desafios, sendo o principal a implementação de um “chip” de investigação em cada aluno que chega ao politécnico. “Deveríamos começar logo nas licenciaturas a incutir o chip da investigação nos nossos alunos”, afirma.
Veja a galeria de fotos, da autoria de Joel Marques, do IPV, aqui:
Interligada com a enfermagem, Manuela Maria Ferreira, coordenadora da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde, refere que esta unidade tem como objetivo três grandes linhas de investigação: a formação de profissionais de saúde e de educação, outra direcionada para o bem-estar, saúde e doença e uma última linha ligada à gestão dos sistemas de organização da saúde. Os seus investigadores têm como missão desenvolver investigação a nível nacional e internacional, e apresenta desafios como a sustentabilidade, os recursos escassos que precisam de ser potenciados para crescer, o ser referência na enfermagem nacional e internacional.
Por último o CERNAS, Centro de Estudo de Recursos Naturais, coordenado em Viseu por Raquel Guiné, é um centro vocacionado para “potenciar a parte agrária da região centro”. Contém projetos que se focam nas mulheres agricultoras, na agricultura familiar, nos impactos nas alterações climáticas, entre outros. Um dos seus principais desafios é após conseguir ver aprovado o doutoramento com os restantes politécnicos que compõem o centro, conseguirem reunir um bom número de candidatos e, não menos importante, o respetivo financiamento.
Os quatro centros de investigação têm um desafio em comum, crescer em rede, trabalhar no território e a reforçar a multidisciplinariedade.
