Indo eu, indo eu a caminho de Leiria. Vitória sobre o Boavista carimba Final Four para o Académico

Foi uma festa no Fontelo. Mais de 2000 espetadores assistiram à vitória do Académico frente ao Boavista por 2-1. Num jogo intenso, nem sempre bem disputado por ambas as partes, a turma viseense levou a melhor, num jogo em que anulou na maior parte do tempo o favoritismo teórico da equipa do Bessa.

Por Bianca Leão

Pantera meteu as garras de fora, mas escudo viriato não cedeu

O encontro começou com o Boavista mais subido no terreno e mais pressionante. Aos 10’ a turma de Jorge Costa conseguia mais incursões ofensivas, sempre pela ala direita. Não havia muitos lances perigosos perto das balizas, e a partir dos 30 minutos o Boavista começou a meter as garras de fora.

O Académico sentiu esse ímpeto pressionante boavisteiro e cometeu alguns erros defensivos que poderiam ter sido mais bem aproveitados por Agra, Onyemaechi e Bozeník. Perto do intervalo os viriatos conseguiram reagir e também Ramírez e Millioransa tiveram lances para desmantelar o teimoso no placar. O intervalo chegou com o zero a zero, apesar de se justificar um golo para uma ou para outra equipa.

Estava escrito…

Na segunda metade do encontro os axadrezados voltaram a entrar melhor, mas os vestidos de negro rapidamente meteram ordem na sua casa. Dentro dessa ordem surgiu o primeiro golo da partida. Livre batido na esquerda por Ott aos 56’ para dentro da área, Toro desviou e Nduwarugira encostou para dentro da baliza de João Gonçalves. Lance que ainda foi revisto pelo VAR.

As panteras tentaram reagir, e foi de um livre a favor do Boavista que surgiu o segundo golo academista, aos 62’ . Contra-ataque mortífero liderado por Bandeira, que combinou com Ott e de calcanhar encontrou Toro que desmarcou Bandeira e fuzilou as redes axadrezadas com um remate poderosíssimo. Um lance de levantar o estádio.

Nesse instante o Boavista foi em busca de reduzir o marcador, mas a turma do Porto desanimou bastante com o segundo golo academista. Equipa lenta e previsível, que durante a maior parte do segundo tempo não afligiu Domen Grill. Apesar dessa monotonia atacante boavisteira, nos últimos dez minutos de jogo os axadrezados mandaram duas bolas aos postes do Académico, respetivamente por Bozeník e Yusupha.

Faltava um minuto para o final do tempo de compensação (90+5) e surgiu o golo do Boavista. Canto marcado na direita, bola aliviada pela defensiva do Académico para a entrada da área e Onyemaechi de primeira marcou o golo. Segundos depois, a partida terminaria e o Académico fez história atingindo pela primeira vez a Final Four da Allianz Cup. Na semi-final a ser disputada em Leiria, a formação viseense vai defrontar o FC Porto ou o Gil Vicente FC.

Destaques Positivos

Toro (Académico) – Já não há palavras para descrever as exibições do avançado hondurenho. Jogo após jogo é fundamental para o ótimo fluxo do jogo academista dos últimos encontros.

Arthur Chaves e André Almeida  (Académico) – A dupla defensiva conseguiu na maior parte das vezes travar as ofensivas axadrezadas.    

Bandeira (Académico) – Mais um bom jogo do lateral nesta Allianz Cup, recompensado com mais um golo.

Ott (Académico)  – Ott foi sinónimo de perigo. Principalmente na segunda-parte do encontro, sempre que a bola tocava nos pés do francês o público entrava em euforia.

João Pinheiro (Árbitro) – Árbitro do deixa jogar. Bastante libertino não cedeu em grande parte das quedas simuladas pelos atletas. Nota positiva para o juiz bracarense.

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