À velocidade do futebol: balanço da dança de treinadores até ao momento

Apenas este fim de semana, de 19 a 22 de novembro, estrearam-se, ao leme de clubes das seis principais ligas europeias, cinco treinadores (quatro se não considerarmos Eddie Howe, que, com covid-19, falhou a partida frente ao Brentford). No mesmo período, e considerando a Liga SABSEG (segundo escalão do futebol português) e as seleções, cinco treinadores abandonaram o comando técnico das suas equipas.

Por Kevin Santos

Na Premier League, já houve cinco treinadores despedidos, desde o início da temporada. Xisco deu o seu lugar a Claudio Ranieri no comando do Watford, Steve Bruce abandonou o Newcastle e foi substituído por Eddie Howe, Antonio Conte ocupou a vaga deixada por Nuno Espírito Santo e Steven Gerrard assumiu o lugar de Dean Smith, que, depois de despedido pelo Aston Villa, substituiu Daniel Farke no Norwich. No fim de semana em que Steven Gerrard e Dean Smith se estrearam (Eddie Howe falhou a estreia, por infeção por covid-19), Ole Gunnar Solskjaer foi despedido pelo Manchester United.

Na La Liga, Javier Pereira substituiu Paco López à frente do Levante e Michel abandonou o Getafe e Quique Flores assumiu o comando dos madrilenos. Este fim de semana, Xavi estreou-se como treinador do Barcelona, após a demissão de Ronald Koeman, a 27 de outubro, e Fran Escribá abandonou o cargo de treinador do Elche, depois da derrota frente ao Bétis.

Em Itália, Walter Mazzarri (Cagliari) e Igor Tudor (Hellas Verona) substituíram Leonardo Semplici e Eusebio Di Francesco, respetivamente. Semplici foi despedido do comando técnico do Cagliari no dia 14 de setembro, o mesmo dia em que Di Francesco abandonou o Hellas Verona. Mais tarde, Stefano Colantuono rendeu Fabrizio Castori no comando do Salernitana e este fim de semana, Andriy Shevchenko estreou-se como treinador do Génova, frente à Roma de José Mourinho.

Na Bundesliga, apenas o Wolfsburgo mudou de treinador, com Van Bommel a ser substituído por Florian Kohfeldt. Na Ligue 1 ainda não houve trocas e em Portugal, que na temporada passada pautava o ritmo nestas andanças (era o país onde se despediam mais treinadores), conseguiu algo que não se registava há quase 20 anos. À nona jornada (1 a 3 de outubro) da Liga Portugal Bwin, as 18 equipas continuavam com o mesmo treinador. Contudo, no dia 5 de outubro, Daniel Ramos abandonou o cargo de treinador do Santa Clara, por opção, e Nuno Campos ocupou a sua vaga. Depois disto, foram despedidos dois treinadores do principal escalão do futebol português. Petit saiu do B SAD e entrou Filipe Cândido e, há poucos dias, Vasco Seabra assumiu o comando técnico do Marítimo, depois do despedimento de Julio Velázquez.

Na Liga SABSEG, Rui Duarte (Trofense) e João Carlos Pereira (Académica) juntaram-se, este fim de semana, a uma lista que conta com Wender (Sporting Covilhã), Rui Borges (Académica), Rui Santos (Estrela Amadora), Jorge Costa (Farense) e Carlos Pinto (Vilafranquense). Destaque para a Académica que, ironicamente, terá mais treinadores do que pontos esta época (3 treinadores, 2 pontos). Ainda este fim de semana, Giovanni van Bronckhorst estreou-se à frente do Rangers e o Uruguai oficializou a saída de Oscar Tabárez, depois de 15 anos à frente da Celeste. 

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