Mercado de Natal de Viseu cultiva o espírito natalício

O Mercado de Natal voltou ao Rossio, em Viseu, no decorrer desta quadra festiva, para celebrar o espírito natalício com a paz e o convívio que lhe estão associados.

Por Gonçalo Santos

“Fazer a aldeia de Natal em frente do município – que em princípio é a instituição mais importante do concelho – é um conceito importado, mas que achamos que fica muito bem”, adiantou Fernando Ruas, que este ano alargou o Mercado de Natal, por necessidade, à Rua Direita, fazendo um elo de ligação com o novo Mercado 2 de maio, que foi inaugurado durante a tarde do dia 23 de dezembro com o concerto da cantora Áurea. No entanto, além de manter o Rossio como o local para a aldeia Natal, e para lá do comércio, o presidente da Câmara Municipal de Viseu salientou que o mais importante era o sítio, que era acolhedor, e que se retirava dele o cultivo do espírito de Natal.

Espaço envolvente da aldeia de Natal ou do Mercado de Natal em frente da Câmara Municipal de Viseu

O comércio tradicional, que se aliou a esta aldeia de Natal, apresenta uma diversidade de produtos personalizados e regionais, desde o artesanato e a chocolataria, passando pela charcutaria, os frutos secos e indo até ao vinho do Dão.

A produtora da loja Peanut – Frutos Secos, Ana Andrade, decidiu aderir ao Mercado de Natal por causa dos seus clientes habituais e por ser uma época colorida, tentando trazer “uma inovação que são os frutos secos com chocolate embalados em embalagens natalícias”, num ano que, segundo Ana Andrade, “há mais gente do que noutros anos”.

Ana Andrade, Peanut
‘Stand’ da loja Peanut – Frutos Secos, com a responsável comercializadora, Ana Andrade

Já Rita Miranda, produtora da loja Sabores da Chousa Velha, veio para esta festividade com a intenção de dar a conhecer os seus produtos, visto que tanto Rita Miranda como o seu marido são produtores de frutos vermelhos e de licores. O marido de Rita Miranda lembrou uma máxima que a faz valer: “quanto mais se dá, mais se tem”, e a produtora corroborou, dizendo que quando dão um copo com licor a provar aos seus clientes, eles depois compram e levam uma ou mais garrafas.

Rita Miranda, Sabores da Chousa Velha
Momento de convívio natalício na loja Sabores da Chousa Velha, antes da prova e compra dos licores

A dona da loja Kika Manjerica, Sofia Correia, agradeceu ao município a possibilidade de participar no Mercado de Natal, dado que já é o oitavo ano que instala o seu negócio neste evento, numa altura em que diz ser o melhor ano em que participa, a nível económico. “Estava com medo por causa da inflação, mas as pessoas estão a aderir bastante”, disse. A produtora de artesanato lembrou que fazer comércio no Natal “é sempre mais especial e em termos de negócio é muito bom, porque as pessoas acabam sempre por dar uma prenda e uma lembrança” de peças específicas que faz para o Natal e que as pessoas adoram, como as “bandoletes com bonequinhos e brincos natalícios”, referiu.

Sofia Correia, Kika Manjerica
‘Stand’ da loja Kika Manjerica

Maria Ferreira e Susana David, visitantes do espaço do Mercado de Natal, garantiram que frequentam com assiduidade todos os anos o Mercado de Natal, por toda a sua beleza, dedicação e importância. “Fazem sempre uma boa decoração e a iluminação é diferente todos os anos; no presépio investem muito tempo e todos os anos é sempre mais bonito”, afirmaram os visitantes.

Presépio de Natal construído com o recurso a latas
Maria Ferreira e Susana David

No Rossio e na Rua Direita, o Mercado de Natal prolonga-se até dia 1 de janeiro.

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