Como a arte pode envolver as comunidades? Conheça três projetos apresentados no CIEA

Na segunda sessão plenária do CIEA, Congresso de Investigação em Educação Artística, coordenada por Joana Mendonça e tendo como tema “Educação e Práticas Artísticas na Comunidade e em Contextos de Ensino não formal” cinco oradoras (Vanessa Gallardo, Odete Paiva, Inês Azevedo, Joana Mateus e Ana Bento) vieram apresentar os seus projetos ligados à educação artística.

Por: Duarte Cardoso (Texto) e Bernardo Sol (Fotografia)

Vanessa Gallardo falou do tema “Le Education artistica interdisciplinar como elemento disruptivo y lengueje en la sennectud”, apresentando três projetos da Fundação Venancio Blanco. Vanessa Gallardo diz que os objetivos principais dos projetos são trabalhar e estimular as pessoas mais velhas, pessoas com algum doença ou incapacidades mentais, para terem contacto com a arte através de diversos materiais artísticos.

Já Odete Paiva expõs o seu projeto “Gestos que falam”, criado em conjunto com o Museu Grão Vasco, que à semelhança dos projetos de Vanessa Gallardo trabalham a arte com as pessoas, mas dando foco às crianças do 1°ciclo. Odete Paiva demonstra o propósito do projeto em “contar histórias através de obras”, projeto este que inclui 733 crianças dos agrupamentos de escolas de Sátão, Aguiar da Beira e Moimenta da Beira, concluindo a oradora por dizer que os espaços museológicos podem apoiar o desenvolvimento das práticas artísticas e valorização das artes na cultura.

Numa terceira apresentação, Inês Azevedo e Joana Mateus apresentaram o projeto “Press Here”, que começou em 2021, sendo um arquivo vivo da indústria na Europa. Para as oradoras, o projeto visou promover o conhecimento sobre o património cultural e laboral da indústria europeia conhecendo as condições para a justiça e igualdade no trabalho.

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Na quarta e última palestra, Ana Bento apresentou o seu mais recente projeto “Odisseia”, fazendo menção aos seus projetos pessoais, que foi desenvolvendo ao longo dos anos.

O projeto Odisseia tem a premissa “de envolver comunidades”, neste caso do Fundão e de Grândola, sendo o trabalho desenvolvido em duas fases. A primeira consiste numa pesquisa de lugar, a segunda é encontrar pessoas na rua e convocá-las ao projeto de forma espontânea, sendo também feita uma chamada a nível nacional para se juntarem a este projeto e assim o desenvolverem. Ana Bento afirma que o título Odisseia é “a criação de algo, numa comunidade com o artista, sendo isto uma grande odisseia pelo país”.

Assim, no final, decidiu fazer uma atividade em que alguém dizia uma palavra e a partir daí os restantes diziam algo a seguir a essa palavra dada, além disso foi feito um cântico em conjunto, orquestrado por Ana Bento.

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