O passado grandioso de Lucy

“The Queen of Basket”, ou em português “A Rainha do Basquetebol”, foi lançado a 10 de junho do ano passado, meses antes da morte da sua protagonista, Luzia Harris. Realizado por Ben Proudfoot, este mini-documentário ganhou o prémio de Melhor Mini-Documentário pela Academia Americana. Em torno de 22 minutos, Luzia Harris reflete sobre a sua vida enquanto jogadora de basquetebol. O seu nome foi muitas vezes diminuído para Lucy, mas engana-se quem acredita que a sua carreira teve o mesmo caminho.

Por Diana Duarte

A atleta reformada torna o início do mini-documentário descontraído ao apresentar Luzia Harris como se não fosse ela mesma. Além disso, o seu riso consegue contagiar o público durante todo o decorrer do vídeo.

Lucy cresceu a admirar os grandes jogadores de basquetebol, inclusive passava horas a fio a assisti-los jogar. Até que resolveu começar a praticar o desporto que tanto a fascinava. De modo que, quando a mesma não tem oportunidades de progredir mais com a carreira de basquetebolista, compadecemo-nos com a sua situação. Não obstante, a ex-atleta teve uma grande carreira e orgulho enche o público quando Luzia fala sobre a mesma.

O mini-documentário está em constante mudança entre imagens atuais, da entrevista com a Luzia Harris, e imagens antigas, do tempo grandioso da própria. Todavia, as músicas escolhidas não se conectam com o vídeo em si: pelo menos até metade do mini-documentário a música e o vídeo têm ritmos diferentes; já na segunda metade do vídeo, após a ex-basquetebolista falar comovida sobre o seu distúrbio de bipolaridade, a música encontra o ritmo do vídeo. Em contrapartida, pode ter sido uma opção dos editores de progredir subtilmente o vídeo.

Ainda assim, o mini-documentário é uma estimável homenagem a uma atleta que marcou a história do basquetebol feminino.

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