Viseenses defendem um São João mais pequeno “e com o máximo de proteção”

Face aos ajuntamentos do fim de semana passado na cidade do Porto, devido aos aglomerados de adeptos londrinos que se deslocaram à cidade para assistir à final da Liga dos Campeões, paira agora a grande questão: devem ou não acontecer os festejos de São João? Neste sentido a opinião dos viseenses diverge.

Por Jéssica Rodrigues e Mariana Úria

Raquel André, uma jovem de 29 anos, defende que os festejos tradicionais de São João devem acontecer, “porque não são as festas e o que fazem, mas sim a consciência das pessoas e a maneira como festejam”. A jovem é da opinião que em vez de um cancelamento total devemos todos estar mais “despertos” e usar sempre “o máximo de proteção” de maneira a evitar um agravamento da situação pandémica. Fátima Martins, de 58 anos, emigrante em França, partilha da mesma opinião e diz que “não deve haver um cancelamento total, mas sim uma festa mais reduzida, fechando mais cedo e tornando o uso da máscara obrigatório, até no exterior”.

Pelo contrário, José Serrano, de 70 anos, acha que não deve acontecer qualquer festejo, porque “isto não está para brincadeiras”. Com a situação pandémica a piorar novamente, José Serrano defende que “se as pessoas cumprissem o que lhes é pedido, tudo muito bem, mas já vimos com o que aconteceu no passado fim de semana, que em festa não há regras”.

Joel Azevedo, presidente da Associação de Comerciantes do Porto declara que esta festividade não deve ser negada à população, mas sim realizada dentro das normas impostas pela Direção Geral de Saúde (DGS).  A proposta é que os festejos aconteçam com o devido distanciamento e, excecionalmente, com um número reduzido de pessoas. Ainda não há datas previstas para ser anunciada a decisão final.

Imagem de Mikel DLM Fotografía por Pixabay

a