“Outono Quente” regressa ao Parque da cidade para “o evento mais zen de Viseu”

8º edição do festival viseense renova-se com propostas culturais para toda a família, de 4 a 13 de outubro.

O pulmão verde da cidade de Viseu – o Parque Aquilino Ribeiro – volta a ser o berço de uma nova edição do festival “Outono Quente”, de 4 a 13 de outubro,  numa iniciativa da Zunzum – Associação Cultural, com o financiamento do programa municipal VISEU CULTURA.

Pelo oitavo ano consecutivo, a agenda cultural de Viseu dá as boas-vindas ao outono com esta iniciativa multidisciplinar e familiar, cuja programação oferece propostas do universo do teatro, da música, da dança, do circo, mas também momentos de conversa, contos e oficinas artísticas e criativas. A saúde e o bem-estar são componentes que ganham o seu lugar no cartaz, através de ateliês e oficinas para crianças ou grávidas.

Para a responsável do festival, Márcia Leite, “o Outono Quente procura trazer uma oferta alternativa e aberta a todos em Viseu.”

Das companhias que estarão presentes na programação destacou “A Charanga”, CENDREV com o espetáculo “Bonecos de Santo Aleixo”, JAM com “El Metre”, Jean Kikolas com “Calor”, Trigo Limpo – ACERT com “Para ti, Sophia” e “Fil’Mus2”, Carlos Peninha com “Tocar o Chão”, Teatro e Marionetas de Mandrágora com “Os Descobridores”, Luís Roque com “De Rua” e para fechar o Outono Quente a dança e música tradicional dos Açores, “As Chamarritas”.

Nesta edição trazem para conversar connosco 4 especialistas nas áreas da literatura, ambiente, psicologia e natureza. “Ler livros, porquê?” com Sandra Santos, “Poluição por Plástico nos Rios e Oceano: O que fazer?” com José Teixeira, coordenador do Projeto Ocean Action, “Adição à Internet” com Ivone Patrão e “A Vida Secreta das Plantas” com Gabriel Silva.

Em 2019, dão corpo ao programa 18 companhias artísticas, das quais duas internacionais. Globalmente, o festival mobiliza 73 artistas ao longo de dez dias, na partilha da cultura e da arte na cidade, reforçando a sua identidade comunitária, em comunhão com um dos locais património verde do concelho.

“Este é o festival mais zen de Viseu”, definiu na apresentação do evento o vereador da Cultura, Jorge Sobrado. “É uma proposta cultural muito bem- vinda. É um convite para deixar o telemóvel em modo de voo e desfrutar em família de uma programação artística inclusiva, num cenário verde e de bem-estar”, sublinhou. “Este evento mantém-se fiel à sua matriz originária, mas evidencia um pulmão maior de talentos de Viseu”, explicou.

A 8ª edição traz à rua projetos já bastante reconhecidos e acarinhados do público, como é o caso da “Marcha dos Sonhos”, que lança um repto a toda a comunidade, com ou sem formação artística, para participar e construir em conjunto uma performance de rua, que termina com chave de ouro o Festival, a cada edição. À boleia desta iniciativa, os participantes podem aprender ou aprofundar conhecimentos em oficinas gratuitas de construção e manipulação de objetos cénicos, de dramaturgia ou de construção de figurinos.

Nesta marcha, estarão com os Zuns o Teatro e Marionetas de Mandrágora, Jorge Fraga, Ricardo Augusto, Tribal e, claro, coletivos, grupos informais, famílias, todos vão criar com e para a comunidade O sonho. “Uma performance comunitária que tem crescido juntamente com o próprio evento”, refere Márcia Leite. “Todos são bem vindos!”

Apesar de centrar a sua programação no Parque Aquilino Ribeiro, o “Outono Quente” parte também à conquista de outros locais da cidade, nomeadamente as ruas do Centro Histórico, prometendo surpreender viseenses e visitantes com performances ao virar da esquina. Também a dimensão social é reforçada, com a visita aos Lares de Santo António e de Rio de Loba para a realização do espetáculo de teatro e marionetas “Olho de Peixe”.

Com presença em permanência está também o “Mercado de Outono”, que completa o cenário com boticas de produtos artesanais, produtores da região e os sabores da estação. Também com a presença especial da Livraria “Gigões e Anantes”.

O Festival “Outono Quente” é uma iniciativa da Zunzum – Associação Cultural, que conta com o apoio do Município de Viseu, no âmbito da linha “Programar” do VISEU CULTURA, com um financiamento de 40 mil euros, entre outros apoios não financeiros. Na edição de 2018, foram cerca de 13.200 as pessoas que participaram da oferta cultural e artística da iniciativa, que contou com 59 ações.

A programação pode ser acompanhada online, no site e redes sociais oficiais do evento.

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