Apoio de 125 euros “é bem-vindo”, mas não resolve despesas dos portugueses

Aprovada em Conselho de Ministros, o Governo anunciou a atribuição de um pagamento de 125 euros a cada cidadão, com rendimentos até 2700 euros, para combater o “aumento brutal da inflação”. Esta medida é criticada pela população viseense.

Por Ana Pereira e Daniela Rocha

Maria Rodrigues, reformada, afirma que a medida não está bem aplicada. “Discordo com este apoio por ser só aplicado durante um mês” acrescenta. Para enfrentar a escalada dos preços, Maria Rodrigues, retirava o pagamento dos impostos do IRS. “Antigamente 150 euros chegava para as despesas mensais do supermercado, hoje em dia dá apenas para duas semanas”, conclui.

João Trindade, dentista, acredita que este apoio só chegará a pessoas com elevados rendimentos. “Os cidadãos que recebem o ordenado mínimo não vão “sentir o cheiro” a esse apoio” termina.

“Não concordo com o facto de uma pessoa que recebe o ordenado mínimo e outra que recebe 2700 euros tenham o mesmo apoio”, salienta Fátima Cardoso, lojista. “Claro que o dinheiro é bem-vindo, mas deveria ser dado a pessoas com menos rendimentos e em outras alturas do ano, como, por exemplo, no Natal, que é uma época onde os portugueses gastam muito dinheiro”. A lojista acrescenta ainda que, como trabalhadora no setor comercial, o preço dos resíduos tem vindo a aumentar muito, e por isso, “esta ajuda, uma vez no ano, não chega”.

Adelaide Costa, reformada, realça a importância de ajudar a população mais pobre. “Se esse apoio fosse dado todos os meses às pessoas que recebem o ordenado mínimo, seria uma mais-valia para as despesas da casa” considera. “A intenção poderia ter sido boa, mas foi mal pensada” remata.

O apoio será transferido a partir de 20 de outubro, como anunciou o governo esta semana.

Imagem de Bruno /Germany por Pixabay

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