Champions: “Perfekt”, como os alemães diriam

Numa noite perfeita no Estádio da Luz, o Bayern Munique carimbou a 11º vitória em 11 jogos, ao baterem o Paris Saint Germain por 1-0, levantando assim pela 6º vez o troféu da Liga dos Campeões. Nascido em Paris, Kingsley Coman fez o único golo da partida, marcando também a 21º vitória consecutiva dos bávaros em todas as competições, com, obviamente, destaque para a vitória nos quartos de final por 8-2 frente ao Barcelona.

Depois de vencerem os seus respetivos jogos na semifinal, com os franceses a vencerem por 3-0 os alemães do RB Leipzig e, na outra semifinal, que, também viu uma batalha entre França e Alemanha, com o Bayern Munique a vencer pelo mesmo resultado o Olympique Lyon, no Estádio José Alvalade XXI.

Decididos os dois finalistas, o estádio do Sport Lisboa e Benfica recebeu os dois gigantes num jogo em que, cada um dos que ganhasse, iria confirmar o triplete, com a conquista da liga, da taça doméstica e, consequentemente, da liga milionária.

O jogo começou com as duas equipas a jogarem na expectativa e a encaixarem-se uma na outra. Como previsto, o alto posicionamento do Bayern no meio-campo parisiense permitiu à frente de ataque bávara sufocar a primeira fase de construção de Thiago Silva, Kimpembe e Marquinhos.

Aos 18 minutos do encontro, um bom toque de Mbappe nas costas da defesa bávara colocou Neymar na cara de Neuer que preciso de um braço atrás das costas para completar uma defesa a dois tempos, que impediu o brasileiro de fazer o primeiro.

Neuer após a defesa ao remate de Neymar

A resposta dos vermelhos veio aos 22 minutos, após cruzamento do canadiano Alphonso Davies, Lewandowski recebeu, e, à meia volta, rematou com poderio e viu a bola embater no poste direito de Keylor Navas.

Não muito depois, aos 23’, uma corrida frenética de Neymar encontra Dí Maria do lado direito. Após um bom “toca e vai buscar” com Ander Herrera, o argentino fica na cara do guardião alemão, e, de pé direito, acerta por baixo na redondinha que levanta imenso e não causa perigo para a equipa de Hans-Dieter Flick. Na mesma jogada, o treinador do atual campeão da Bundesliga foi obrigado a fazer a primeira alteração forçada no seu 11, com o veterano Jerome Boateng a sentir uma rotura na coxa direita.

A primeira parte ainda teve direito a mais duas oportunidades divididas pelos dois lados. Aos 31 minutos o guardião costa-riquenho do PSG defendeu um cabeceamento à figura do avançado polaco Lewandowski. Mesmo no final na primeira parte, Kylian Mbappe teve nos pés a oportunidade de ouro para levar os Rouge-et-Bleu a vencer para o intervalo, mas saiu um autêntico passe para o guarda-redes do Bayern.

O segundo tempo trouxe uma equipa bávara renovada e pronta para vencer a partida. Aos 59 minutos, Kingsley Coman, criado e formado em Paris, “traiu” assim a sua equipa natal e, após um belo cruzamento de Kimmich, o francês apareceu no segundo poste e encostou nas redes, fazendo assim o 1-0 para o Bayern Munique.

Kingsley Coman no momento do único golo da partida

O PSG no desespero tentou responder ao golo sofrido, mas sempre sem sucesso. Aos 70’ Marquinhos teve oportunidade para fazer o 1-1, mas o remate saiu fraco e, mais uma vez, a “muralha” alemã defendeu com o pé a tentativa do brasileiro.

No último minuto do tempo regulamentar, Mbappe viu-se isolado contra Neuer mais uma vez, e, igualmente, viu também o guardião negar uma nova oportunidade de empatar a partida. Após o remate, o árbitro assistente Lorenzo Manganelli levantar a bandeirola de fora de jogo.

O tempo acabou e a estreia do PSG em finais da Liga dos Campeões também. O Bayern Munique somou assim a sua 6º vitória do troféu da liga milionária. Resta agora apenas saber se os parisienses conseguem manter o projeto que é um profundo investimento em jogadores, que, até ao momento, marcam este jogo como a maior proeza no seu palmarés.

As celebrações bávaras
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