O Offshore que derrotou o covid-19

A Praia da Barra tem vindo a acrescentar ao seu historial uma longa data de qualidades que leva cada vez mais visitantes ao seu areal. Localizado na zona central do espaço mais frequentado na época balnear no distrito de Aveiro, está o offshore. Quando muitos sofrem ainda as consequências económicas da pandemia covid-19, o contrário acontece com o bar, que cada vez é mais frequentado.

O pôr do sol continua como o principal sacrificado para um exponente gigante de pessoas enquanto o laranja torrado vai desparecendo no horizonte. O adotável conceito de um refresco à beira do mar tem feito do mesmo um dos mais pedidos entre os turistas, mas, de acordo com “os da casa”, quem ganha sempre são os tremoços e os amendoins acompanhados pelo fino ou a jarra de sangria.

Apesar de sofrer ainda um pouco com a parte do atendimento em dias mais efusivos, com algumas queixas de clientes que falam da demora dos pedidos, a simplicidade do menu vegetariano com almoços diferentes como o crepe de salmão.

Sendo mais conhecido pela parte gastronómica, o “bar da praia” destaca-se também noutras atividades variadas. Aulas de pilates, parcerias com escolas de surf e music sessions são eventos que trazem ao offshore outras razões para se deixarem ficar pela esplanada.

David Ribeiro, de 21 anos, está atualmente a dedicar as suas férias de verão a trabalhar bem perto do seu passatempo preferido, o surf. Quando não está a trabalhar toda a gente sabe onde o encontrar. Obviamente, nas ondas. Surpreendido, muitas vezes trabalhar à beira do mar não é tão fácil como pensava: “Há dias em que fazem fila à entrada, quando a esplanada está cheia. Isto porque as pessoas ficam à espera de quem está sentado para se ir embora e depois ficarem com o lugar delas.”

Em termos higiénicos, a necessidade de manter tudo limpo e de acordo com as ordens da DGE também pede aos colaboradores uma maior atenção na parte do atendimento, limpeza dos espaços e manutenção de segurança tanto para os clientes como para os trabalhadores do bar. David, que tem ajudado mais na parte da cozinha, mas que vai também ajudando nas mesas, afirma que o esforço vale a pena: “Ao mantermos tudo limpo e seguro também recebemos mais clientes e chamamos mais turistas ao nosso espaço, enquanto nos certificamos que também nós não apanhamos o vírus. É uma win-win situation.

Desta maneira, o offshore vai-se mantendo como o principal bar da praia e, vendo o número de pessoas que lá passam todos os dias deixam a pensar o cidadão comum onde anda o vírus. Na verdade, com segurança e distanciamento social entre mesas, o trabalho continua a poder ser feito e os refrescos continuam também a poderem ser bebidos.

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