COVID 19 transforma vidas em Cinfães e há empresas a mudar de ramo para sobreviver

A pandemia alterou o dia-a-dia das pessoas, instituições e negócios. Com o país em confinamento e em estado de emergência, negócios como a restauração enfrentaram graves problemas financeiros. O Café Restaurante Sto António, situado na Ponte de Louredo, em Cinfães, não foi exceção.

Por Rafael Fernandes

Este estabelecimento comercial, aberto há mais de 20 anos, foi obrigado a mudar de ramo para contornar a crise económica. Com as novas normas de segurança, agora em vigor, deixou de ser vantajoso manter o negócio da restauração, já que é um espaço pequeno e que, com as restrições obrigatórias, ficaria ainda mais limitado.

Paula Monteiro, proprietária do espaço, confirma que foram adotadas todas as normas de segurança, mas que nem todos os clientes as respeitam.

A proprietária do estabelecimento viu-se obrigada a fechar o restaurante e a abrir um minimercado. “Foi um bocadinho difícil. Gostava mais da restauração, mas pelas dificuldades e para ajudar mais no negócio teve de ser. Teve mesmo de ser”, sublinhou.

Paula Monteiro ainda aguarda resposta da Câmara Municipal de Cinfães ao seu pedido de ajuda e admite que não tem tido muitos clientes. A maioria da população da aldeia prefere ir aos supermercados da vila.

Paula Monteiro, único sustento da família, confessa que, ao fechar o restaurante e abrir o minimercado, perdeu um pouco o gosto pelo seu trabalho. “Sinceramente, faço porque sou obrigada. Não é o ramo que gosto”, admitiu.

O estabelecimento só encerra às segundas-feiras à tarde e está apto a receber a população local e quem por lá quiser passar.

a