Aeródromo de Viseu com aumento superior a 600 voos em 2019

Números da infraestrutura aeroportuária subiram em toda a linha. Mais voos, mais movimentos, mais pessoas embarcadas e desembarcadas

Mais voos, mais movimentos, mais pessoas embarcadas. São estes alguns dos indicadores relativos a 2019 do Aeródromo Municipal Gonçalves Lobato, que confirmam o percurso de crescimento desta infraestrutura aeroportuária nos últimos 5 anos.

Comparando com os dados de 2018, o aeródromo municipal registou no ano passado mais 604 voos, mais 813 movimentos, mais 1.939 pessoas embarcadas, mais 254 pessoas desembarcadas, mais 74 desembarcados no voo regional e 130 embarcados.

De destacar também o aumento, quase para o dobro, do número de voos noturnos – passou de 18 para 33.

Referir também o aumento considerável do número de voos de emergência pelo INEM – aumentou 123% -, a que não é alheio o facto desta aeronave estar estacionada desde outubro em Viseu, a pedido do Instituto Nacional de Emergência Médica.

“Podemos afirmar que o aeródromo de Viseu passou de uma estrutura em vias de fechar, pelos mais diversos motivos, para um aeródromo de referência no panorama nacional. Cresceu exponencialmente em movimentos, em número de voos, em número de passageiros embarcados e desembarcados, em importância para os meios de Proteção Civil, para as escolas de formação de pilotos, enfim, para o desenvolvimento económico da região de Viseu. Tornou-se uma nova porta de entrada em Viseu. De uma outra forma, o aeródromo de Viseu deixou de ser uma infraestrutura que tinha no Aeroclube de Viseu o seu maior dinamizador e quase único operador regular, e a quem se deve muito, já reconhecido publicamente pelo Município, para passar a ser a escolha de vários outros operadores, também por reunir todas as condições de segurança”, resume Paulo Soares, diretor do aeródromo.

Estes dados vêm confirmar a trajetória de crescimento sustentado do Aeródromo Municipal Gonçalves Lobato, que desde 2014 tem vindo a acolher diversos serviços e empresas ligados ao setor, primeiro com a instalação do GPIAA – Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves, e mais recentemente com o IFA – Instituto de Formação Aeronáutica, que atualmente ministra em Viseu o primeiro curso de pilotos de linha área comercial e assistentes de cabine.

“É fundamental o apoio da Administração Central no processo de valorização do nosso aeródromo de Viseu. Até aqui, fizemos sozinhos este percurso de sucesso, mas para termos um aeródromo internacional, com impacto na economia regional e nacional, é necessário que o Estado assuma o papel que lhe cabe”, refere o vereador João Paulo Gouveia, que tutela esta infraestrutura aeroportuária, lembrando que “o investimento municipal superior a 1,5 milhões de euros tem-se multiplicado tanto na abertura desta região de interior como na economia e no investimento”.

Os trabalhos de requalificação e qualificação efetuados, assim como o espaço aéreo livre com informação de voo, taxas inferiores a outros aeroportos, e combustível para avião a jato mais barato – e o único entre Lisboa e o Porto -, fazem de Viseu a porta de entrada preferida de muitos, quer no país, quer no estrangeiro.

Não menos importante é a formação dos recursos humanos. Em Viseu é possível tornar o aeródromo operacional em apenas 14 minutos, pormenor que já foi de grande utilidade na noite do trágico incêndio numa associação de Vila Nova da Rainha (Tondela), há precisamente 2 anos, o que permitiu que as vítimas tenham chegado aos hospitais de forma mais célere.

A Proteção Civil ganhou também centralidade junto ao aeródromo por força da instalação do novo quartel dos Bombeiros Sapadores de Viseu. Com esta base operacional presta-se um maior apoio às ações de proteção e socorro coordenadas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, assim como um apoio operacional aos voos regulares de passageiros.

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