Das leituras da Bíblia na igreja da aldeia de Donas, aos corredores das Nações Unidas

Recuamos até ao dia 30 de Abril de 1949, na capital Portuguesa, onde nascera o atual secretário- geral das Nações Unidas, António Manuel de Oliveira Guterres.

Por Inês Rodrigues

Com raízes na pequena aldeia do concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, o pequeno católico, conhecido por “Tonico” extasiava as fiéis com as suas brilhantes leituras das passagens da Bíblia, na igreja matriz de Donas.

Após a revolução dos cravos, aderiu ao Partido Socialista (PS). Foi membro deputado da Assembleia da Republica, membro da Assembleia Parlamentar do Concelho da Europa (1981-1983), onde presidiu a comissão da Demografia, Migrações e Refugiado.

Em 1992 foi eleito secretário-geral do PS e mais tarde exerceu o cargo de primeiro-ministro entre os anos de 1995 a 2002. Três anos depois entrou para o sistema das Nações Unidas onde foi nomeado alto comissário das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR) e liderou uma das principais organizações humanitárias do mundo com cerca de 10 mil funcionários distribuídos por 125 países.

Fundador da Associação para a Defesa do Consumidor (Deco) e do Concelho Português para as Refugiados, é também membro do Clube de Madrid e do Fórum Ibero-Americano. Assistindo assim “ao sofrimento dos grupos mais vulneráveis da sociedade em campos de refugiados e zona de guerra” estando determinado a “servir como um intermédio para a paz, construindo pontes e promovendo a inovação e a reforma”.

Casado e com dois filhos, Guterres chega ao cargo de secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) aos 67 anos, depois de uma campanha na qual teve o apoio de diversos partidos, inclusive do próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Licenciado em Engenharia eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico, onde acabou com média de 19, é fluente em português, inglês, francês e espanhol.

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