Nuno Artur Silva: “A desinformação é uma das mais sérias ameaças do nosso tempo”

Nuno Artur Silva, secretário de estado do Cinema, Audiovisual e Media, discursou na sessão de abertura na Conferência “Financiamento dos Media” no passado dia 2 de dezembro. O encontro teve como foco o debate dos desafios dos media, entre os quais, a desinformação.

Por Joana Simões

Nuno Artur Silva declara que a desinformação é “uma das mais sérias ameaças do nosso tempo”, pois é, sobretudo, difundida pelas novas redes sociais. Para combater este flagelo é necessário apostar no desenvolvimento de projetos media que sirvam como espaço de debate e formação política, social e cultural. “Não há democracia sem uma comunicação social que informe com liberdade e com rigor, nos ajude a pensar, a escolher, a decidir”, acrescenta.

No futuro próximo, o secretário de estado propõe medidas para desenvolver à imprensa local, defendendo que se deve promover o “interesse dos leitores regionais, contribuindo para a coesão social e territorial”. Para tal, o Estado deve incentivar à leitura com uma “comparticipação pelo Estado dos custos de expedição de publicações periódicas suportados pelos assinantes residentes no território nacional ou em território estrangeiro local e regional”. Deve, ainda, promover a modernização tecnológica e a literacia e educação para a comunicação social.

O secretário de estado Nuno Artur Silva declara que é especialmente importante promover a literacia mediática dos jovens, “realçando o valor de uma educação com uma forte componente social, nomeadamente na área dos media, a qual fomenta o pensamento crítico e a comunicação.”

Segundo o secretário de estado, a promoção da literacia mediática deve ser feita pelas Universidades, o setor privado, as Fundações e as plataformas de conteúdos. “Há um complemento importante entre o investimento em políticas de incentivo à leitura e à consciencialização de todos para distinguirem o que é o jornalismo profissional (…) sensibilizando para aquilo que não é “informação”, mas opinião em rede amplificada, corrente de opinião desinformada”, remata.

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