Insolvências prometem descer em 2019

Os anos de 2017 e 2018 foram marcados por números elevados de empresas que abriram processos de insolvência. Um pouco contra a corrente, o ano de 2019 parece encaminhar-se para resultados mais baixos, mostrando uma maior estabilidade financeira empresarial em território português.

Por Vasco Fernandes

Na última década o número de empresas com incapacidade de cumprir as suas obrigações já vinha a sofrer alterações à medida que o país se reajustava após crise financeira que ocorreu entre 2010 e 2014.

Nos dois anos anteriores, 2017 e 2018, foram em ambos cerca de 8500 as empresas que entraram em processos de insolvência, sendo os mais afetados por este fenómeno setores como o comércio a retalho, o comércio por grosso, a promoção imobiliária, restauração e atividades especializadas de construção. Em relação a distritos, os mais afetados, para além de Lisboa e Porto, são Braga, Aveiro e Setúbal.

No ano de 2019, os números parecem mostrar que cada vez menos empresas entram em processos desta natureza. Até ao momento, sendo que faltam dois meses para o final do ano, são 5888 as empresas que se viram obrigadas a entrar em insolvência. Enquanto em termos de distritos continua sem alterações, no ramo das atividades encontra-se a entrada da indústria do vestuário no grupo de setores mais afetados.

Até ao final do ano os números ainda podem surpreender e subir exponencialmente, dada a entrada na época natalícia e de saldos brevemente, sendo que muitas empresas entram em falência por impossibilidade de competição de preços em relação à concorrência.

 

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