“Aproveitar a liberdade que a Europa nos deu, para explorar o potencial do país”

Paulo de Almeida Sande foi o convidado da 7.ª edição do Fórum de Geopolítica e Política Internacional, realizado ontem na Escola Superior de Educação de Viseu, e cujo mote foi “Como realizar o potencial nacional no âmbito europeu”. O cabeça de lista do partido Aliança às eleições europeias, que se realizam no próximo dia 26 de maio, abordou o projeto europeu e a necessidade de os portugueses elevarem o seu potencial, em articulação com as possibilidades oferecidas pelas instituições europeias.

Paulo de Almeida Sande e Jorge Adolfo de Meneses Marques

Perante uma plateia constituída maioritariamente por alunos, e com casa cheia, Paulo de Almeida Sande começou por salientar que a noção de identidade em Portugal é muito forte e que os portugueses estão unidos por um fator de coesão. Recordando que a integração na Europa trouxe a Portugal um horizonte de liberdade, o professor de Ciência Política sublinhou que “a União Europeia é uma construção inédita, original e muito arriscada”.

Paulo Sande recordou que Portugal é um país pobre há vários anos e que a dependência em relação a outros países também não é uma novidade. Ainda assim, para o docente da Universidade Católica, “Portugal é um país que tem potencial, porque os portugueses são muito bons”. O cabeça de lista do Aliança defendeu, por isso, que é preciso “aproveitar a Europa e a liberdade que ela nos deu, para explorar esse potencial”.

Com uma postura crítica em relação à falta de solidariedade entre os países que compõem a União Europeia, Paulo de Almeida Sande sustentou, em Viseu, que os deputados do Parlamento Europeu podem ter um papel importante no reforço da coesão entre os Estados membros, transformando “os mecanismos da União Europeia em mecanismos positivos para todos nós”.

O 7.º Fórum de Geopolítica e Política Internacional foi uma organização da Área Disciplinar de Ciências Sociais do Departamento de Comunicação e Arte da Escola Superior de Educação de Viseu e tem como objetivo “abrir a escola a pessoas de fora, que tenham algo de interessante para dizer, tendo em vista estimular a comunidade académica”.

 

Texto e imagem: Joana Martins

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