“Viseu 2019, Destino Nacional de Gastronomia” já tem mais de 30 realizações previstas

Presidente da Câmara Municipal diz ser necessário potenciar a gastronomia local. Plano de ação assenta em 4 eixos

No âmbito da sua estratégia de marketing territorial e de promoção turística, o Município de Viseu lança o plano de ação “Viseu 2019, Destino Nacional de Gastronomia”, tendo como principais parceiros a associação de city marketing Viseu Marca e a Entidade Regional Turismo Centro de Portugal.

A iniciativa foi já apresentada e apreciada, a 15 de janeiro último, no Fórum de Turismo Local de Viseu, órgão de consulta criado pelo Município em 2018 para promover uma auscultação de instituições, empresas e especialistas sobre políticas públicas de organização e promoção turística de Viseu.

“A cozinha beirã é uma cozinha genuína. Em Viseu come-se bem desde o restaurante mais modesto ao mais elaborado, os nossos pratos acabam por ser reconhecidos como de grande qualidade e esta nova geração de chefs está a trazer um apuramento à nossa cozinha, é importante potenciar a nossa gastronomia”, justifica o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques.

Depois de “2017, Ano Oficial para Visitar Viseu” e de “Viseu, Cidade Europeia do Folclore 2018”, a cidade de Viriato elege o seu património gastronómico e os seus atributos à mesa como mote de valorização cultural e desenvolvimento turístico.

De resto, a inédita estratégia de promoção do destino turístico Viseu levada a cabo nos últimos cinco anos apresenta resultados inequívocos, com a duplicação do número de dormidas entre 2013 e 2018.

Segundo projeções do Turismo Centro de Portugal, Viseu deverá alcançar em 2018 as 250 mil dormidas, contra 137 mil dormidas em 2014, indicador histórico no concelho e que reflete um crescimento claramente superior à media nacional a partir de 2917.

Também no que diz respeito à taxa líquida de ocupação por cama, em 2014 cifrou-se nos 24%, contra os 30% em 2017.

Igualmente relevantes são os indicadores que apontam para um crescimento do número de proveitos no alojamento turístico, fixando-se em 2017 acima dos 9 milhões de euros (que compara com 6 milhões de euros em 2014).

Este indicador traduz não apenas o crescimento absoluto da procura turística (medida em dormidas), mas também um incremento relevante do nível de remuneração do destino (preço por quarto ocupado).

Merece ainda um sublinhado o crescimento do número de turistas estrangeiros em Viseu, sendo em 2017 muito próximo dos 30%, contra os 26% em 2014.

Ao eleger a gastronomia e o seu universo de valores e atividades para o primeiro plano do seu desenvolvimento enquanto destino, Viseu convoca um relevante cabaz de atributos e produtos turísticos e confere maior profundidade e conteúdo ao seu atributo cidade vinhateira e de cidade histórica, dois dos três eixos estratégicos da marca.

O eixo de atributos que se procura, por esta via, ativar é o de “Wine, Food & Culture”, dando continuidade às apostas temáticas dos últimos anos e mantendo o eixo Cultura, Património e Eventos no seu centro.

Os vinhos do Dão e o conjunto das suas atividades situam-se não apenas dentro do perímetro do tema da “gastronomia”, como da própria cultura em sentido amplo.

Este plano de ação contém para já 30 realizações, mas constitui uma agenda aberta a iniciativas complementares promovidas por entidades parceiras, assim como à adoção de novas ações consideradas especialmente relevantes ou de carácter demonstrativo. A sua execução será iniciada em 2019, devendo estender-se com algumas das suas ações mais estruturantes ou de animação do destino em 2020 e mesmo 2021.

A estratégia é desenvolvida em 4 eixos de ações: a valorização cultural e económica da gastronomia, vinhos e produtos locais de qualidade; o apoio à qualificação de recursos e capacitação de operadores económicos; a promoção, comunicação e animação turística (experiências); a capacitação do destino e de valorização de públicos.

Esta iniciativa é sustentada numa visão estratégica para a construção e reforço do posicionamento da marca Viseu no chamado “mercado interno” (Portugal, Comunidades Lusófonas e Espanha), e para a sua valorização e capacitação, promoção e storytelling, enquanto destino turístico cultural de excelência.

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