Hamilton Costa quer “Ajudar a Amparar”

Hamilton Costa tem 39 anos e é residente em Viseu. Segurança de profissão, é natural de São Tomé e Príncipe. Este homem, solidário de natureza, criou um grupo na rede social Facebook denominado de “Ajudar a Amparar” com o objetivo de recolher bens para ajudar crianças e famílias das duas ilhas africanas.

Foto Entrevista Ajudar a Amparar (2)

Que ligações tem a São Tomé e Príncipe?
Sou natural de lá. Nasci a 25 de dezembro de 1976 na Roça Santa Catarina. Tenho lá grande parte da minha família.

Quando e de onde surgiu a iniciativa “Ajudar a Amparar”. E como é que a fez crescer?
Desde 2006 que envio caixas com bens de barco para entregar quando vou de férias para São Tomé e da última vez que lá fui quis fazer uma coisa um pouco maior. Criei o grupo no facebook e todos os dias dispenso cerca de 4 a 5 horas na página, de forma a dinamizá-la e torná-la mais interessante. Aqui em Viseu vou recolhendo os bens e há sempre um grupo de trabalho que se reúne para ir empacotando as coisas. As caixas vão sendo guardadas numa garagem até existir a quantidade necessária para encher um contentor que será enviado para São Tomé e Príncipe.

Esse grupo no Facebook já conta com mais de 15 000 seguidores. Certamente que todos juntos fazem a força e a essência da iniciativa. Como consegue ter tantos apoiantes/ajudantes nesta iniciativa solidária?
Conheço muita gente e quando criei o grupo adicionei logo os meus quase 3.000 amigos. Depois bastou escrever o que já tinha feito e postar algumas fotos e… Pufff. A esperança de poder levar mais esperança à minha terra natal faz com que os apelos na página se repitam.

Para expandir a iniciativa que projetos tem pensados para o futuro?
Estou a organizar um almoço solidário, ao qual convido toda a comunidade a participar, no dia 29 de maio, pelas 13h00, no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora do Viso com cozinha africana, a fim de angariar fundos para as despesas alfandegárias em São Tomé. Enviar um contentor de Viseu até às mãos de quem mais necessita custa cerca de quatro mil euros, mas espero conseguir angariar os fundos necessários. Atualmente estou também a trabalhar num projeto que tem como objetivo permitir, às pessoas interessadas, apadrinhar famílias à distância para que estas sejam ajudadas.

Susana Oliveira

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