“Cada passo tem que ser dado na altura certa, sem pressas”

A Escola Superior de Educação de Viseu acolheu, no dia 9 de janeiro, a segunda edição do TEDxESEV. O objetivo deste evento, organizado pelos alunos do 2º ano do curso de Comunicação Social, foi colocar a plateia a refletir sobre o poder que eles mesmos têm sobre aquilo que será o seu futuro.

Uma das oradoras desta edição do TEDxESEV foi Liliana Carona, jornalista desde 2007. Ingressou na rádio Renascença, primeiro como animadora, e seis meses mais tarde, como jornalista correspondente nas regiões de Viseu, Guarda e Castelo Branco. Foi exatamente o facto de ser “correspondente no interior” que serviu de ponto de partida para Liliana Carona apresentar o seu discurso a todos os que assistiam ao evento.

A oradora referiu que pouco tempo depois de se licenciar aceitou uma proposta de trabalho num órgão de comunicação em Bragança, no entanto, os pais dos seus amigos olhavam com estranheza para esse trabalho e respondiam “ir para a TVI ou para a Sic, isso é que era”. Apesar de  Liliana Carona “aos 20 ou 24 anos também ambicionar trabalhar na Sic” esta continua a achar que “tudo tem a sua época” e “cada passo tem que ser dado na altura certa, sem pressas”, mensagens que decidiu realçar perante a sua plateia.

Liliana Carona relembrou diversos episódios com do seu percurso profissional com o intuito de reforçar a importância de “escutarmos os outros e estarmos atentos na altura certa” mas também de “fazer-vos perceber a beleza de trabalhar na imprensa regional”.

A jornalista explicou também que trabalha a partir de casa e uma vez que “para escutar os outros eu preciso de silêncio” considera como seus instrumentos de trabalho “os biscoitos para gatos e cães” que têm como destino final os animais que vão incomodar o seu silêncio à sua porta. Para além disso, como forma de garantir que o seu silêncio não é interrompido, Carona desliga o seu frigorífico quando este faz barulho e esta está a trabalhar. Estas estratégias foram referidas com o objetivo principal de “desmistificar os mitos de quem trabalha nesta área, principalmente num contexto regional”, esclareceu.

A oradora concluiu a sua apresentação com uma frase de Diana Andringa: “não sei como se pode ser um bom jornalista, sem antes se ser um bom ser humano”.

 

 Texto: Sandra Ferreira

a