Festa em tons de verde e branco na Taça Cidade de Viseu

Sporting venceu o Fundão e conquistou a segunda edição da Taça Cidade de Viseu. Na outra partida, o Benfica venceu o Viseu 2001, que deixou uma imagem positiva frente aos encarnados.

No último encontro de preparação antes da Supertaça, os leões demonstraram estar preparados para o confronto, do próximo sábado, frente ao Fabril, ao vencerem a equipa do Fundão por 9-3. Contrariamente ao que aconteceu no dia anterior, no embate frente ao Viseu 2001, a equipa de Nuno Dias manteve a intensidade durante todo o encontro e teve em Cardinal o homem do jogo, ao apontar três dos nove golos da formação leonina. O elevado acerto ofensivo, 17 golos marcados em duas partidas, foi decisivo para o êxito no torneio, pois foi o fator de desempate entre Sporting e Benfica, que estavam em igualdade pontual.

Pese embora a satisfação com a conquista do troféu, a produção ofensiva e as dinâmicas de ataque, o técnico do Sporting mostrou-se desiludido com o número de golos consentidos pela sua equipa no torneio. “Cinco golos sofridos é muito para aquilo que estamos habituados e que pretendemos. Temos que melhorar neste aspeto”, assume.

Por seu turno, Nuno Couto, técnico do Fundão, não escondeu a desilusão com a prestação da sua equipa, que ficou no último lugar da Taça Cidade de Viseu. “É uma situação que nos envergonha um pouco, porque, independentemente do adversário, o Fundão não pode deixar criar um fosso tão grande no resultado”, afirma.

No derradeiro jogo do torneio, Viseu 2001 e Benfica mediram forças, com a vitória a pender para os encarnados, mas com a equipa da casa a dar uma excelente réplica, como o resultado de 6-4 evidencia. A incerteza no marcador foi uma constante, com os encarnados a garantirem o triunfo já nos últimos momentos do encontro.

A equipa da casa, ao invés do que ocorreu no dia anterior frente ao Sporting, pressionou a todo o campo, o que causou muitos problemas na manobra ofensiva do Benfica. Nuças, capitão do Viseu 2001, realçou isso mesmo. “Ontem entrámos com muito respeito pelo Sporting, a defender muito atrás e permitimos muito espaço. Hoje fizemos uma exibição de acordo com o que trabalhámos durante a semana e demonstrámos o nosso valor”, declara.

Em consonância com a observação do seu capitão sobre a prestação no torneio, Paulo Fernandes, técnico do Viseu 2001, mostrou-se igualmente satisfeito com a exibição frente ao Benfica, “uma das melhores equipas do mundo”. “Esta é a nossa forma de jogar. Pressionar alto para obrigar o nosso adversário a errar. Hoje o Viseu 2001 mostrou a sua qualidade”, assinala. O experiente treinador aponta a manutenção como o objetivo primordial do clube na época de estreia entre a elite do futsal nacional.

Em sentido oposto, apesar do triunfo no encontro, o desapontamento dos responsáveis do Benfica era evidente. Joel Rocha reconheceu valor à exibição do adversário, mas teceu algumas críticas à postura da sua equipa. “Se o resultado teve incerteza até ao fim, deve-se em boa parte ao mérito do Viseu. Criaram-nos muitas dificuldades. Da nossa parte, houve alguma desconcentração e falta de comunicação. Este jogo não nos completa nem preenche porque não fomos uma equipa tão natural como gostámos de ser”, diz. Resignado, o técnico dos encarnados, assume que com estas exibições o “Benfica não merecia mais, quer o que foi o resultado final do jogo quer o resultado final do torneio.

A segunda edição da Taça Cidade de Viseu foi organizada pelo Viseu 2001 com produção da empresa UniSports.

 

Texto: João Miguel Carvalho

Imagens: Joanne Batista

 

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