“O Viseu 2001 mostrou-se numa forma tal que seria muito difícil não alcançar a subida”

Começou como diretor do escalão onde os filhos jogavam, hoje é presidente do Viseu 2001. Foi nessas funções que Pedro Almeida viveu a inédita subida de divisão do clube à primeira liga do futsal nacional. O dirigente distribui os louros desta conquista por todos que cooperaram com o clube. “Este triunfo não é do Pedro, não é do Paulo, não é individualizado, é de todos. Todos que colaboram voluntariamente com o Viseu 2001″.

 

O Viseu 2001 garantiu, pela primeira vez, a subida à Liga Sportzone, divisão maior do futsal nacional. Esse foi o principal objetivo a que o clube se propôs no início da época?

Pedro Almeida Este era um objetivo que estava em cima da mesa há alguns anos, mesmo antes de eu chegar ao clube. O Viseu 2001, nos últimos três anos, esteve muito próximo de o atingir, mas, infelizmente para nós, por um ou outro motivo não conseguimos alcançar a tão desejada promoção à primeira divisão nacional de futsal. Este ano fizemos uma aposta sem precedentes no clube e conseguimos conjugar todos os fatores essenciais para atingir este marco na história do Viseu 2001. Estabelecemos objetivos progressivos. Primeiro queríamos atingir a segunda fase e depois ter armas para conseguir lutar e atingir a subida à liga Sportzone, o que veio a acontecer. Dessa forma, pode-se dizer que era um objetivo que estava mais uma vez em cima da mesa desde o início da época.

 

Plantel Viseu 2001 nas comemorações do título

 

Na fase regular, o Viseu 2001 teve uma prestação quase imaculada. Na segunda fase, de apuramento do campeão da zona norte, o Viseu 2001 suplantou, igualmente, os adversários de forma evidente. Posteriormente venceu também de forma categórica o Elétrico nos dois jogos da final da 2ª divisão nacional. Qual o momento chave desta caminhada?

PA Em toda a época tivemos apenas uma derrota no campeonato e uma derrota na taça de Portugal frente ao Sporting. A derrota no campeonato, por um mero acaso e ficará marcado certamente, foi no dia em que o Viseu 2001 festejava o seu 16º aniversário [20 de Janeiro contra o Lobitos]. Devido à organização da gala do clube, um evento que contou com mais de 500 pessoas, não acompanhei a equipa nesse jogo, tal como o mister Paulo Fernandes. Esse momento menos positivo na nossa época acabou por ser como um toque para reunir as tropas, pois serviu para os jogadores perceberem que iriam ou poderiam sentir dificuldades e que teriam de abordar todos os jogos como se fossem uma final. Tudo somado, acabou por ser uma derrota com sabor a vitória, tendo em conta que ajudou a equipa a concentrar-se e a motivar-se ainda mais para que o objetivo final fosse concretizado, apenas com essa e mais tarde essa derrota com o Sporting para a taça de Portugal no nosso pavilhão, onde, apesar de sair derrotada, a equipa deixou bons indícios de que estaria pronta para lutar pela subida de divisão até ao final do campeonato.

 

Desde que este modelo competitivo está em vigor, o clube foi sempre à fase de apuramento de campeão. Pode-se afirmar que o sucesso alcançado é um trabalho de vários anos?

PA O Viseu 2001 faz essa leitura. O clube tem-se dado bem com este modelo competitivo, ainda que o dar-se bem significasse morrer na praia duas ou três vezes consecutivas. Por um ou outro motivo não conseguimos ultrapassar os últimos jogos das fases finais. Porém, este ano, o Viseu 2001 mostrou-se numa forma tal que seria muito difícil que o objetivo da subida não fosse alcançado. Ela foi possível, em parte, porque fizemos o trabalho de casa e reunimos todas as condições necessários para que não existisse nada no nosso caminho que nos impedisse de chegar ao objetivo máximo que era atingir a divisão maior do futsal nacional.

 

A equipa do Viseu 2001 sofreu constantes metamorfoses ao longo dos anos. No entanto, há dois elementos que carregam o símbolo de viriato quase desde sempre. Falo do Nilton e do Pardal, este último homenageado no derradeiro encontro da época. Qual a importância de ter jogadores com tantos anos de casa num projeto como o do Viseu?

PA No Viseu 2001 damos muito valor ao nosso trabalho da formação. O Nilton e o Pardal são dois exemplos disso mesmo. Cada um deles tem oito anos de casa, sendo que o Nilton ainda vai, possivelmente, continuar. Tudo faremos para que assim seja [à data de publicação, já renovou]. Em sentido inverso, por motivos profissionais, o Pardal não vai continuar a representar a equipa de futsal do clube. Como pessoa íntegra e séria que é, foi das primeiras pessoas a reconhecer que se na segunda divisão já existiam algumas incompatibilidades com as questões profissionais, na primeira divisão, onde a carga de trabalho será maior ainda do que aquela que se verificou durante esta época, teria ainda mais dificuldades para conciliar as coisas. Este foi o mote para a homenagem a quem realmente dignificou o clube ao longo de 8 anos e que foi o nosso capitão, ainda que o Pardal continue ligado à estrutura do clube, como coordenador de futebol do Viseu 2001. Como atleta praticante de futsal, chegou a hora do Pardal dizer adeus ao Viseu 2001.

 

 Pardal e Nilton com o troféu de campeão da 2ª divisão

 

“A grande contratação foi mesmo a renovação do mister Paulo Fernandes.”

Com títulos de campeão nacional ao serviço do Sporting e Benfica no seu historial, Paulo Fernandes é um treinador conceituado no mundo do futsal nacional. Como é que um clube da segunda divisão conseguiu atrair o técnico?

PA Hoje em dia isso é muito relativo. Existe muito potencial na segunda divisão, pois existem apoios mesmo em terras mais pequeninas nesta modalidade. Apoios que estavam de costas voltadas para outras modalidades, porque não viam retorno e que agora olham para o futsal de outra maneira. No caso do Viseu 2001, o que aconteceu foi a conjugação de vários fatores, principalmente logísticos, não tanto financeiros. Criadas essas condições, tornou-se mais fácil convencer um treinador como o mister Paulo Fernandes a vir para Viseu. A próxima época será a terceira no comando do Viseu 2001, e tal como na época transata, está a preparar a equipa, acompanhando todo o processo, ao contrário do que sucedeu na primeira, onde as coisas já estavam em andamento. O mister Paulo Fernandes, após a conquista a segunda divisão, é o treinador mais titulado a nível nacional, em igualdade com o Nuno Dias, técnico do Sporting. Não é certamente o objetivo dele, nem do Viseu 2001, andar a concorrer em termos de títulos com o mister Nuno Dias e com o Sporting, mas de qualquer forma é um reconhecimento e um espelho daquilo que é o trabalho do mister Paulo Fernandes ao longo dos anos. Como é óbvio, não é pela questão financeira que ele se mantém por cá, porque existirão outras equipas que poderiam oferecer financeiramente melhores condições, imagino eu, mas de alguma forma são as condições que o Viseu 2001 consegue proporcionar, que acabam por ser um estímulo para ele desempenhar em pleno as suas funções e ele, se calhar, vê um projeto ambicioso, que lhe dá garantias e perspetivas de futuro. Estamos sempre a pensar um pouco mais à frente e atingindo a liga Sportzone já estamos a pensar aquilo que pretendemos daqui a um ano, dois ou três.

 

Paulo Fernandes a levantar o troféu de campeão

 

Quais são as expectativas e objetivos para a época vindoura?

PA Nesta fase ainda não fechámos contratações, sendo que a grande contratação foi mesmo a renovação do mister Paulo Fernandes. A partir daí vamos construir uma equipa à imagem daquilo que o mister Paulo Fernandes pretende e acha essencial, de acordo com aquilo que o Viseu 2001 lhe pode dar. Vamos criar um plantel que nos dê garantias de manutenção na primeira divisão, esse é o nosso objetivo principal. Se depois conseguirmos ficar em sexto, oitavo ou nono, isso será um outro objetivo a médio prazo. O Viseu 2001 tem uma grande vantagem comparativamente a muitas equipas, que é o facto de ter condições e um treinador disponível para treinar de manhã à tarde e à noite. Isto permite uma preparação muito melhor dos jogadores e só assim se pode andar entre os grandes. Eu acredito que com um bocado de sorte pode-se andar lá de vez em quando, com muito trabalho e qualidade podemo-nos manter lá muito tempo.

 

Pegando na parte inicial da sua resposta, há três nomes que surgiram na comunicação social como fazendo parte do leque de jogadores que podem interessar ao Viseu 2001. Djô, Deo e Caio Japa. Tendo em conta a ligação que existe entre eles e o mister Paulo Fernandes, pois já foram todos treinados pelo técnico no Sporting, há algum fundo de verdade nesses rumores?

PA É verdade parte daquilo que disse. Todos eles foram treinados pelo mister Paulo Fernandes e acaba por aí todo o fundo de verdade da questão. Tudo o resto foi pura especulação, que não sei de onde partiu. Como é óbvio, o Viseu 2001 não pode dizer que não gostaria de ver o Caio Japa, o Djô ou o Deo, o pequeno grande Deo, com as suas cores, mas por mais que se esforce não consegue reunir as condições para satisfazer as pretensões financeiras de qualquer um desses jogadores. Prometer mundos e fundos e não cumprir é muito fácil. No Viseu 2001 procurámos prometer aquilo que está dentro das nossas possibilidades e cumprir. Todos os atletas que deixam o Viseu 2001, posso garantir, saíram do clube com as contas liquidadas. Isso para nós é o mais importante e o padrão que queremos levar em diante.

 

Apesar destes 3 jogadores não fazerem parte da lista dos possíveis reforços do clube, o clube vai ter de investir mais o que o habitual para formar uma equipa competitiva na primeira divisão. Que tipo de apoios institucionais ou particulares recebe o Viseu 2001?

PA O Viseu vai construir uma equipa competitiva. Estes 3 atletas não fazem parte das negociações que estão em cima da mesa, principalmente porque temos noção que não estão ao nosso alcance por mais esforço que o clube faça. Assim, vamos tentar dar as melhores condições possíveis ao mister, com o apoio das instituições e das empresas da região de Viseu, que nos apoiaram até aqui e que tanta importância assumiram nesta subida histórica do clube. Com a maior visibilidade e projeção que o Viseu 2001 vai ter, acredito que eles vão continuar connosco, sendo que vamos tentar também criar novas parcerias com empresas da região, que nos possam dar mais força para termos uma época tranquila e cumprir o objetivo que é a manutenção na divisão maior do futsal nacional.

 

Olhos postos na modalidade

O futsal tem assumido notoriedade nos últimos anos em Portugal, no entanto, ainda é considerado por muitos como o parente fraco do futebol. O caminho que tem sido percorrido pelo futsal nos últimos tempos tem sido o mais indicado alterar esse paradigma?

PA Falando na questão do Viseu 2001, este percurso que temos trilhado é aquele que nós pensámos ser o mais ajustado e o mais correto para conseguir sustentadamente os seus objetivos. Olhando para o que tem sido o percurso do futsal a nível nacional, o facto de termos sido recentemente campeões europeus trouxe muita responsabilidade, mas também muitos olhos para esta modalidade e se calhar o futsal já não é o parente tão pobre do futebol como era há pouco tempo. Há alguns anos era apenas uma modalidade secundária, era visto como um jogo para brincar. Porém, atualmente o paradigma mudou. O Futsal tornou-se algo que consegue cativar e satisfazer quem assiste. Por isso, é importante continuar a acarinhar a apostar no futsal como a Federação Portuguesa de Futebol tem feito até agora. Nos últimos anos, principalmente, tem feito um trabalho fantástico ao nível do futsal. Tenho a felicidade de conhecer as pessoas fantásticas que estão à frente da Federação e que sei que são muito empenhadas e conhecedoras, portanto, tudo fazem para que Portugal venha a ter um futsal de altíssimo nível e para poder, quem sabe, disputar um campeonato do mundo a curto prazo, não apenas um campeonato da europa. Felizmente temos também em Portugal o melhor jogador do mundo da modalidade. O Ricardinho tem trazido uma tenção muito grande para o futsal Português.

 

Referiu a importância do Ricardinho na divulgação e crescimento da modalidade. Como olha para as notícias que indicam que o melhor jogador do mundo pode estar de regresso ao futsal português, pela porta do Sporting Clube de Portugal?

 PA Existem alguns problemas que poderão existir com a contratação de um jogador como o Ricardinho. Estamos a falar do melhor jogador do mundo, estamos a falar, possivelmente, do jogador mais bem pago do mundo e mesmo no Sporting existiria uma clivagem enorme relativamente aos outros jogadores em termos salariais e condições que o Ricardinho poderia usufruir. Parece-me que tão depressa o Ricardinho não vem para Portugal, porque os impostos que se praticam por cá são mais severos do que o que se verifica em Espanha, onde ele atualmente joga.

 

Vamos voltar à realidade Viseu, que é uma cidade que respira desporto, como comprova o elevado número de instituições desportivas sediadas na cidade. Qual o impacto do Viseu 2001 na cidade?

PA Felizmente, Viseu é uma cidade que tem uma grande prática desportiva, nas suas mais variadas vertentes. O Viseu 2001 é um dos bons exemplos disso, pois tem mais de 400 atletas e quatro modalidades distintas. Futsal, futebol, rugby e ciclismo BTT. A nossa grande preocupação, mais do que ter atividades desportivas, é ter atividades desportivas diferenciadoras. Quando o clube decidiu avançar para outras modalidades, fê-lo sempre em criar atividades que não estivessem abrangidas na cidade. Foi assim no caso do rugby, que existia numa outra entidade da cidade, mas estava para acabar. Nós fizemos o convite às pessoas que lideravam esse projeto e que hoje ainda lideram o projeto no nosso clube, para dar continuidade no Viseu 2001. No ciclismo BTT, não havia qualquer instituição com a preocupação na formação de atletas nessa vertente, apenas uns grupos de amigos que se juntavam ao fim de semana. No futebol fizemos uma aposta no futebol de formação pois achámos que existiam lacunas. Na nossa perspetiva, não havia qualidade na formação de acordo com aquilo que nós achámos que deve ser a formação no futebol. Relativamente ao futebol feminino, conseguimos atrair um projeto que estaria para acabar num clube de outro concelho, mas também da região, e temos um projeto de base na formação. Deste modo, muitas meninas tiveram a oportunidade de realizar o seu sonho de praticarem futebol de uma forma séria.

 

A comunicação tem alcançado um papel preeminente no desporto. Como é que o Viseu se movimenta nesse ramo?

PA Tem sido um desafio grande. Contámos com a colaboração de pessoas das várias secções do clube, de forma a organizar a informação para que o público tenho acesso a toda a informação pertinente do clube e que consigamos dar respostas ao anseio e curiosidade de quem gosta comunicação social e procura na comunicação social as respostas para a curiosidade para um determinado assunto. Para além de notícias na comunicação social diária e tradicional, o Viseu 2001 também usa as redes sociais nesse sentido, facilitando assim o acesso à informação relativamente a eventos futuros, resultados, entre outros interesses, de forma diária. Como somos uma grande instituição com várias secções temos muitas informações para partilhar com o público.

 

Referiu o trabalho desenvolvido pelo clube nas redes sociais, onde para além das partilhas com teor informativo é comum ver o nome do Viseu 2001 associado a uma página de humor na modalidade de futsal. Que tipo de ligação existe entre a página troll futsal e o Viseu 2001?

PA (Risos) Não existe nenhuma ligação direta. Como utilizador das redes sociais também conheço o troll, mas não conheço ninguém que seja administrador do troll. Ninguém assume que é administrador do trool, ninguém dá a cara (risos). Como é óbvio, são pessoas que têm ou tiveram ligações ao Viseu 2001, imagino que seja mais que uma pessoa, pois aquilo está em constante atualização de informações, ou então é alguém que tem disponibilidade para estar constantemente nas redes sociais. Numa fase inicial brincavam muito com o Viseu 2001 por morrerem na praia, a questão do Viseu second [#trollfirstviseusecond], mas nós levámos isso sempre na brincadeira, como é óbvio. Seja a nível profissional, desportivo ou pessoal, na vida temos de levar as coisas com alguma leveza.

 

Paulo Lopes é um nome que não se pode dissociar do clube. Qual o papel e importância teve o ex presidente nesta subida de divisão?

PA O Paulo Lopes deixou de ser presidente, mas continua a ser das pessoas mais ativas que o Viseu 2001 alguma vez teve. Continua e continuará a ter um papel fundamental no clube. Neste momento, é o diretor geral do futsal, com o foco direcionado para a equipa sénior e naquilo que pretendemos no futuro. É a pessoa que diz qual o rumo que as coisas devem seguir e é uma pessoa em quem toda a gente confia. Existe uma grande cooperação entre o Pedro Almeida e o Paulo Lopes, mas também com o Acácio Sequeira, o Ricardo Ferrão, o Sérgio Silva, as várias pessoas que fazem parte da estrutura do Viseu 2001 em todas as suas secções. Logicamente, as pessoas de uma determinada secção vão estar focados nela, mas nunca podem pensar que o sucesso de outra secção é o seu insucesso. Isso nunca, porque se o Viseu 2001 é reconhecido pela Federação Portuguesa de Futebol, pela Associação de Futebol de Viseu, pela Câmara Municipal de Viseu por um ou outro feito, hoje são uns, amanhã são outros. O sucesso terá de ser sempre partilhado, porque nós somos uma instituição, não somos secções individuais. Portanto, trabalhámos todos pelo bem comum e o bem comum é o Viseu 2001.

 

Pedro Almeida e Paulo Lopes

 

Pedro Almeida é outro nome que ficará perpetuado na história do clube. O que move este homem, com uma vida profissional ligada ao centro de emprego, no mundo desportivo?

PA Tenho a minha vida profissional ligada à área do emprego e isto para mim é um hobbie que me ocupa a partir das 18h até conseguir chegar a casa, já tarde da noite. Ocupa-me, igualmente, os fins de semana. Não é uma tarefa fácil, mas a minha estrutura familiar permite-me manter este ritmo de vida, são um grande pilar.

O meu percurso no desporto, por estranho que possa parecer, não começou pelo futebol ou futsal. Comecei no judo, fiz um percurso de alguns anos ligado a uma estrutura na cidade, o Judo Clube de Viseu. O meu avô foi um dos principais impulsionadores do Judo Clube de Viseu e neste momento o meu irmão é o presidente e um dos mestres neste momento. Foi aí que fiz o meu percurso inicial. Mais tarde ainda joguei futebol, durante apenas dois anos. Assim, a minha ligação ao desporto resume-se a dezasseis anos de judo e dois de futebol. Quanto à minha integração na estrutura diretiva do Viseu 2001, ela foi facilitada por ter acompanhado o desenvolvimento dos meus filhos no clube, o mais velho no futsal e o mais novo no futebol. Foi um percurso normal tendo em conta aquilo que a maior parte dos pais passa. Primeiro fui diretor do escalão onde os meus filhos jogavam e mais tarde fui convidado para fazer parte da estrutura. Na altura em que o ex presidente resolveu afastar-se fui convidado para me candidatar à estrutura diretiva e, como é obvio, colhi o apoio das pessoas que achei que realmente poderiam continuar a liderar o projeto e abracei este projeto do Viseu 2001, enquanto presidente. Sozinho ninguém faz nada, a minha integração fez-se acompanhar pelas pessoas que me têm acompanhado nos últimos 3 anos e têm contribuído para este sucesso. Este triunfo não é do Pedro, não é do Paulo, não é individualizado, é de todos. Todos que colaboram voluntariamente com o Viseu 2001, sejam em que secção for. E é principalmente graças a esta pessoas que isto é possível.

 

Texto: João Miguel Carvalho

Fotos: Facebook Viseu 2001; Rui da Cruz PressCentro; AK Studios

a