Governo escolhe financiar requalificação do IP3

Governo deu preferência à aplicação de 134 milhões de euros na melhoria e extensão sem aplicação de portagens do IP3, estrada que liga Viseu a Coimbra.

Juntamente com esta medida a Infraestruturas de Portugal (IP) sugeriu outras soluções, nomeadamente a concessão ou construção de uma autoestrada paralela à já existente. Todos estes possíveis cenários foram apresentados por Pedro Marques, ministro do Planeamento, num encontro que reuniu os autarcas das comunidades intermunicipais (CIM) de Viseu e Coimbra e o Conselho Regional do Centro.

Álvaro Figueiredo, taxista na cidade de Viseu, concorda com a requalificação do IP3 “que já deveria ter sido feita há mais tempo”, uma vez que esta estrada “é perigosa e tem provocado inúmeras mortes”. O taxista vê esta melhoria da ligação de Viseu a Coimbra como algo positivo, tendo em conta que “se a estrada for melhor, muitos problemas serão atenuados ou até mesmo evitados.”.

O motorista na empresa de camionagem Berrelhas, João Martins, discorda da medida apoiada pelo governo e sugere que o IP3 se mantenha alvo apenas de manutenções regulares e que garantam a segurança do troço. João Martins percorre diariamente a ligação Viseu-Coimbra e defende a construção de uma nova autoestrada paralela ao atual IP3, sendo que “o itinerário já existente manter-se-ia isento do pagamento de portagens e na autoestrada, que deveria ser construída, poderiam ser aplicadas essas taxas”.

O trabalhador da Berrelhas julga que “para efeitos positivos”, a melhor solução seria “quem tem mais pressa passava a circular na autoestrada e quem quer fazer o percurso com mais calma e tempo usaria o IP3 para se deslocar”.  Na opinião de João Martins não são as melhorias na qualidade das estradas, nomeadamente do IP3, que vão ajudar a evitar a ocorrência de acidentes porque “não são as estradas que provocam os acidentes, é a condução das pessoas.”.

 

Texto: Ana Rita Costa e Sandra Ferreira

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