Concerto “O Nascimento da Arte” uniu a música e o desenho no Teatro Viriato

No último sábado, 15 de outubro, o festival de cinema viseense vistacurta recebeu no Teatro Viriato os artistas António Jorge Gonçalves e Filipe Raposo para apresentar o espetáculo “O Nascimento da Arte”.

Por Estela Menin

O festival de cinema viseense “vistacurta” recebeu no seu último dia, 15 de outubro, “O Nascimento da Arte”, projeto interdisciplinar que uniu a música e o desenho num concerto comentado, no Teatro Viriato.

Com Filipe Raposo no piano e António Jorge Gonçalves na caneta digital, a peça mostrou ao público como a arte rupestre pode ser fonte de inspiração à arte contemporânea. O espetáculo usou de base inspiradora gravuras rupestres de todo o mundo, especialmente como do Vale do Côa.

Ao longo de uma hora de concerto o público acompanhou na tela grande a viagem em desenho livre feito pela dupla, umas vezes guiados pelo piano, outras pelas ilustrações. “É como uma conversa”, disse António Gonçalves, atestando que não importa quem começa, o importante é o diálogo que une os dois lados.

João Valentim, que formou parte do júri do festival este ano diz ter ficado “fascinado com a forma como duas artes que não estão diretamente ligados a uma primeira vista, resulta tão bem” afirma ainda que o desempenho “deixa muita inspiração para criar novas abordagens de cruzamento interdisciplinar”, completa. Já o realizador Romano Cassellis descreveu o espetáculo como “de uma originalidade e qualidade enorme”.

A 12ª edição do vistacurta ocorreu entre os dias 11 e 15 de outubro e realizadores, convidados e artistas com exposições por toda a cidade. O festival é organizado pelo Cine Clube Viseu, que desde 2010 realiza o vistacurta com o objetivo de marcar a presença da produção audiovisual em Viseu.

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