Pandemia e guerra fazem combustíveis bater recordes

Os últimos dois grandes acontecimentos mundiais trouxeram impactos diferentes nos combustíveis. Tanto a pandemia como o conflito ucraniano influenciaram e muito, batendo recordes tanto positivos como negativos.

Por Francisco Milheiro

Depois do confinamento no mês de abril de 2020, o valor do gasóleo simples chegava a um novo recorde de 1,118 euros por litro e a gasolina simples de 1,23 euros por litro. Mas desde então, tanto o gasóleo como a gasolina não pararam de subir e 2 anos depois o valor voltou a bater recordes, neste caso ultrapassou a barreira dos 2,1 euros por litro no caso do gasóleo e 2,18 no da gasolina.

Esta subida foi mais acentuada no final do mês de fevereiro e no início do mês seguinte, quase de 30 cêntimos por litro onde despoletou o conflito ucraniano. As sanções impostas à Rússia pelos Estados Unidos, e pelo Bloco da União Europeia levou com que a cotação do barril do Brent ultrapassasse os 100 dólares por barril.

No mês de agosto deste ano o valor do gasóleo conseguiu ultrapassar o da gasolina em quase 5 cêntimos por litro, algo que ainda hoje se verifica. No mês seguinte esse valor sofreu uma descida abrupta voltando a valores de início de pandemia devido à desvalorização do petróleo.

Mas de acordo com o secretário-geral da APETRO – Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas estes valores não se vão alterar nos próximos tempos devido, não só à crise económica, mas também pelo corte da produção de dois milhões barris de petróleo por dia.

Dois anos, uma pandemia e um conflito armado depois, os preços dos combustíveis tendem a estagnar no que hoje temos, mas o valor continua mais alto do que tínhamos antes da pandemia.

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