“A arte é o alimento da alma”

José Abrantes, coordenador do projeto financiado pelo Instituto Politécnico de Viseu (IPV) – “A toupeira que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça”, assume que “a cultura não é só lazer, mas também aprendizagem”.

Por Ana Rita Lima, Guilherme Moreno, Paulo Rodrigues e Tatiana Marquinhos

A apresentação do projeto vencedor do concurso de financiamento do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) decorrerá no dia do instituto, a 6 de dezembro deste ano. O coordenador, ator, e aluno de “Artes da Performance Cultural”, José Abrantes, confessa que a ideia do projeto surgiu num convívio entre amigos, após lhe terem apresentado o livro que o fez “ficar com vontade de um dia mais tarde fazer um espetáculo”.

O ator viseense salienta que este é um “projeto fora do comum”, pois “provoca interesse em saber quem é que fez aquilo na cabeça da toupeira”. José Abrantes conta ainda que as suas responsabilidades “incidem na direção e coordenação de projeto”, pelo que a participação de alunos e professores se revela fundamental.

Apesar de o nome da peça remeter para um tema infantil, o coordenador do projeto afirma que “a ideia era que a peça não fosse só para crianças”. Ao contrário dos adultos, “as crianças são muito mais ingénuas e abertas” a temas controversos – tabus, tais como guerras e pandemias.

Apesar das dificuldades que a crise pandémica causou à área da cultura, no adiamento ou cancelamento de espetáculos, José Abrantes considera que “é mais preocupante a guerra do que a pandemia, principalmente por ter origem humana”. Mesmo sendo uma situação de “calamidade”, o diretor acredita que “as guerras foram importantes naquilo que foi a evolução da cultura e da sociedade”.

O objetivo do projeto passa por apostar na continuidade do espetáculo, sendo que o palco do IPV é o único confirmado até ao momento. O coordenador afirma que há câmaras e escolas interessadas no espetáculo, nomeadamente no concelho de Nelas.

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