Impasse na compra da Dielmar põe em risco o salário de 244 trabalhadores

Após apresentar o pedido de insolvência no final de julho deste ano, a Dielmar sugeriu na última assembleia de credores, a suspensão dos trabalhos até ao final do mês como alternativa ao fecho imediato e definitivo.

Por Wilson Costa

Os ordenados, referentes aos meses de agosto e setembro, dos 244 trabalhadores que ainda mantém vínculo contratual com a empresa, foram pagos através do Apoio Extraordinário à Retoma Progressiva (AERP), que cobriu o equivalente a 75% dos salários, e complementados por um financiamento do Banco do Fomento que garantiu os restantes 25%.

Estas medidas foram tomadas para, tal como diz o gestor judicial da Dielmar, “garantir a valorização de ativos da insolvente do ponto de vista da angariação de eventuais interessados na aquisição e posterior viabilização da fábrica e dos restantes ativos”.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa, Marisa Tavares, os trabalhos foram suspensos até ao dia 10 de novembro de forma a dar tempo aos credores de analisarem as duas propostas que se encontram em cima da mesa e verificar a existência de condições para proceder com uma delas.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa defende ainda que “tem de ser tomadas medidas para que os trabalhadores não fiquem prejudicados”.

O impasse da compra da Dielmar e os constantes atrasos para a toma da decisão, coloca em risco o pagamento dos salários de outubro, o que levou Marisa Tavares a “exigir ao Ministério da Economia um mecanismo que salvaguarde o pagamento dos salários”.

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