Comércio por grosso foi a área com mais insolvências no último ano

Entre o início de 2020 e setembro de 2021, quase 10 mil empresas entraram em processo de insolvência. As atividades empresariais mais afetadas pelos efeitos da pandemia em Portugal foram o comércio por grosso, a retalho e a promoção imobiliária.

Por Inês Ferreira e Maria João Paiva

No ano de 2019, no comércio por grosso, registaram-se cerca de mil insolvências, uma quantia semelhante aos dados de 2020, apesar de este ter sido um ano marcado pela pandemia de Covid-19. No entanto, quando comparados os números de janeiro a setembro de 2020 com o período homólogo, conclui-se que houve uma diminuição acentuada dos casos de insolvência para menos de metade.

Nos primeiros nove meses do ano de 2020, aproximadamente um milhar de empresas de comércio a retalho apresentou insolvência, número que caiu para metade este ano. Esta diminuição pode estar relacionada com o levantamento das medidas mais restritivas da pandemia, como por exemplo a reabertura dos espaços comerciais.

Relativamente à promoção imobiliária, os números revelam que, tal como nos casos anteriormente analisados, entre janeiro e setembro de 2020 os valores eram praticamente o dobro dos registados em 2021 no mesmo período de tempo. Os dados do ano passado mostram que cerca de 680 empresas declararam insolvência, sendo que em 2021 foram sensivelmente 300.

Em todas estas atividades há uma coincidência: em 2020 os distritos com mais empresas com insolvência foram Lisboa e Porto. Para além destas áreas empresariais, os setores da restauração e similares, as atividades imobiliárias, indústria do vestuário, entre outros, também registaram números bastante elevados de insolvência.

Imagem de Jeanie Lui por Pixabay

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