“Renascimento”: o jornal que leva notícias de Mangualde para o mundo

Fundado a 20 de janeiro de 1927 na cidade de Mangualde, o Renascimento é um jornal quinzenal. Liberdade de expressão e os interesses dos cidadãos e da cidade são as premissas defendidas pelo diretor do órgão de comunicação social, Serafim Tavares pelo subdiretor António Fortes. Apesar de o Renascimento ser um jornal já com 94 anos, não deixa de inovar. A atual pandemia permitiu que o formato online o aproximasse ainda mais dos leitores residentes no estrangeiro e não só. Ainda que seja um jornal regional não deixa de frisar os problemas e acontecimentos nacionais.

Reportagem de Jéssica Rodrigues

Através do formato online o “Renascimento” consegue aproximar-se dos leitores “Os nossos leitores são essencialmente pessoas com mais de 40 anos, emigrantes e reformados. Desta forma o formato online aproxima-nos cada vez mais dos leitores que residem no estrangeiro” afirma o subdiretor António Fortes. O formato em papel, o mais convencional, tem uma tiragem média mensal de 4600 exemplares, que são feitos por uma equipa de 5 colaboradores, sendo que, duas dessas cinco pessoas têm carteira profissional de jornalista “ a nossa equipa é composta por 5 membros, apesar de só duas pessoas terem a carteira profissional de jornalista”, conta António Fortes.

Um jornal que se rege pela ética deontológica do jornalismo e que se recusa a ocultar informação aos seus leitores, os valores que regem o “Renascimento” prendem-se essencialmente com a liberdade de expressão e com a ética deontológica do jornalismo” afirma o subdiretor. Apesar de ser um jornal regional considerado mais pequeno, António Fortes não utiliza esse termo “ não há meios de comunicação pequenos e grandes. O meio vale em si. Não é necessário ser diário, grande, etc. O que vale é o conteúdo. O mais importante jornal português é o Expresso, um semanário, vale o conteúdo. O mais vendido é o Correio da Manhã, um tablóide sensacionalista, vive das manchetes. Não tem opinião, como o Público e outros”, expressa o subdiretor.

Um meio de comunicação social que luta para manter os seus leitores informados, quer sobre a atualidade do concelho, quer sobre a atualidade nacional. Procura informar verdadeiramente, recolhendo as informações diretamente das fontes e das comunicações que lhes são enviadas. Porém, se existir necessidade, procuram confirmar as informações recolhidas junto das fontes e dos intervenientes. “As notícias são recolhidas pelo jornal nas fontes, pelas comunicações que as Entidades e Empresas enviam. Se ocorrer a necessidade de comprovar informações dirigimo-nos diretamente às fontes e se as duvidas persistirem procuramos os intervenientes”, explica António Fortes.

No que toca a pressões, muito comuns no jornalismo regional, António Fortes afirma que não se aproximam do “Renascimento”, que considera ser um meio de comunicação isento e alheado de partidos ou grupos económicos. “As pressões só são sentidas por quem quer. O Renascimento é independente de grupos sejam eles políticos ou económicos. Presamos a verdade e nenhuma tentativa de alteração da mesma nos abala”, refere o subdiretor. Atualmente, o “Renascimento” está a crescer e deu um dos maiores passos desde a sua existência. Estendeu-se à cidade de Viseu onde tem agora uma delegação. “Estamos a crescer, chegámos à cidade de Viseu e por todo o território que constitui o distrito. Abrimos no início deste ano uma delegação em Viseu, temos uma grande distribuição na cidade. Este é um passo que nos orgulha muito, apesar de termos cerca de 94 anos de existência estamos sempre a inovar e esta expansão é a prova disso mesmo”, revela António Fortes.

Um jornal com 94 anos de história durante os quais a veracidade das informações transmitidas foi sempre colocada em primeiro plano. Até ao final do ano 2020, o “Renascimento” focava-se essencialmente no concelho de Mangualde e nos acontecimentos nacionais mais relevantes. Em janeiro de 2021 chegou à cidade de Viseu, onde promete continuar seguir uma linha da verdade e do compromisso com os leitores que preza desde a sua fundação.

a